sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

SONETO, DE NEUZA PINO NISSEN



SONETO AO ANJO DE MEU ANJO
Anjo bem aventurado levou meu amado
Um rastro dourado desenhou o céu
A máscara cinzenta envolveu em véus
Levá-lo, sofrível pecado

Porque deixou o amigo sempre presente?
 O companheiro do coração, o amado violão
As cordas choram o abandono, enferrujarão
Lá está num canto empoeirado, dolente

Choram os dois, também eu, esta desdita
Una-os, etéreo será este laço
Esta dor pungente será então bendita

Quando despertar exuberante a nova aurora
Partirá a dor do abandono de agora
No infinito celestial, estarão em paz afinal!

(NEUZA PINTO NISSEN)



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