Sob a magia do dia dos namorados, foi realizada em Umbaúba (SE) a Feira Intermunicipal de artesanato com a participação dos premiados na Política Nacional Aldir Blanc. Os trabalhadores da cultura selecionados no edital de prêmios não precisaram dar contrapartidas mas enxergaram na feira a oportunidade de expor seus produtos e serviços para investidores e fruição da própria população. Desta forma, além do artesanato marcaram presença grupos culturais, cantores, profissionais da culinária típica e os convidados batucada de dona Zefinha e o barco de fogo.
Por volta das 19h, a secretária municipal de cultura e turismo Dra Angelita Santos e o prefeito Humberto Maravilha deram as boas vindas. Subiram ao palco os músicos do cantor Joselito Forrozão (banda elétrica com luxuoso apoio de metais). Crianças se divertiam correndo na praça de eventos do município; adultos namoravam e degustavam as delícias da culinária junina local (bolo de paçoca, bolo de puba, pé de moleque, licor de jenipapo, amendoim cozido e caldinho de mandioca) e a terceira idade dançava ao som do mais tradicional forró.
A ornamentação perfeita e muito colorida emprestava alegria ao evento que em seguida recebeu as pastorinhas com seu bailado e canto típico. O cantor Marconys Gerrard subiu ao palco e foi ovacionado com um repertório dirigido à celebração do Santo Antônio.
A mesa de recepção estava composta pelo prefeito Humberto Maravilha, pela vice-prefeita Professora Guadalupe, pela secretária de cultura e turismo Angelita Santos, secretário de comunicação Claudson Guimarães e o consultor cultural Aldo Moraes.
O público também prestigiou as rainhas juninas mirim, juvenil e rainha das margaridas; o cantor Alex Santos Tom Maior; a quadrilha junina da Associação São Francisco de Assis; o cantor Nilton Santos a nova pegada e o trio pé de serra os coroas do forró.
Um momento de cultura popular tradicional foi a participação como convidado do grupo de batucada Buscapé, da cidade de Estancia. Remontando os ritmos oriundos dos toques de senzala que os negros escravizados tocavam como forma de preservar a memória cultural e histórica dos ancestrais africanos, a batucada se apresentou com a forte energia da percussão e a dança de meninas e meninos com seus tamancos. Fundado por dona Zefa, nos anos 80, a batucada preserva e reconhece um importante movimento de resistência cultural na luta pela liberdade juntamente com os atos de mentes abolicionistas.
Ao final da feira, houve apresentação do barco de fogo (uma cultura tradicional da cidade de Estancia e que tem reconhecimento em todo o estado de Sergipe) e da guerra de espadas. Neste evento, novamente os paranaenses Aldo Moraes (músico, escritor e jornalista) e Jéssica Rosa Ramos (educadora, escritora, coreógrafa e pesquisadora) deram continuidade as pesquisas sobre a cultura e história do Nordeste.
Fotos: Samuel Trindade Barbosa
