Fundado em 1998, o Instituto Cultural Arte Brasil é uma OSC cultural com ações e projetos na cultura, esportes, meio ambiente e cidadania. Tem reconhecimento do Sesc, Minc, Rock In Rio, CESE, Itaú Social, Cenpec, Unicef, Instituto RPCom e Febrafite. Atuante na defesa, pesquisa e difusão da cultura brasileira, realiza ações arte-educativas e de combate ao racismo com adolescentes e jovens em conformidade com a Lei nº 10.639/2003 osc.artebrasil@gmail.com https://www.instagram.com/batuque_nacaixa/
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
LANÇAMENTOS NACIONAIS
Brillante
Antonio Menezes, Rosana Lanzelotte e Alberto Kanji
Sonatas para violoncello de Jean Baptiste Bréval, Haydn, Boccherini e Carlo Graziani.
Biscoito Fino Gravadora
Bruno Tedesco
Estréia do jovem pianista de 22 anos com Chopin, Villa Lobos, Amilton Godoy, Nazareth e Zequinha de Abreu
Tratore Discos
Eduardo Hazan
O pianista mineiro interpreta obras de Alberto Nepomuceno, em lançamento da Sonhos & Sons.
Impressionism
Lançamento da AZUL MUSIC, destaca o jovem violonista Diogo Carvalho, nascido em São Paulo e formado em música pela USP.
O músico faz um cd ousado com transcrições de Debussy, Ravel, Satie. Para o violonista Paulo Belinatti, este cd já é um marco na história das transcrições.
Aulustrio
Integrado por Fabio, Mauro e Paulo Brucoli, o trio realiza a interpretação dos trios 1 e 2 de Heitor Villa Lobos, em lançamento do Selo Clássicos.
Cânticos à Mãe do Salvador
Com o barítono Walter Weiszflog e a organista Selma Asprino
Lançamento Editora Melhoramentos
POETICUS/OBRAS PARA ORQUESTRA
Jorge Antunes, um dos mais representativos compositores brasileiros reúne obras escritas para orquestra durante a década de 70.
Importante lançamento, pelo selo da Academia Brasileira de Música
Canções do Brasil/ Coro da Osesp
Nomes como Oswaldo Lacerda, Aylton Escobar, Francisco Mignone e Heitor Villa Lobos, estão no cd ao lado de produções populares já consagradas como Asa Branca ( Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) e Suíte dos Pescadores ( Dorival Caymmi).
Biscoito Fino
ARTE BRASIL AGRADECE
Instituto Cultural agradece o recebimento de produtos culturais para suas atividades da Publifolha, Revista E SESC, Livretos de cordel de Moreira de Acopiara ( SP), Otávio Maia ( SP ), Jornal Rascunho ( PR ), Revista Concerto ( SP ) e materiais sobre a arte da Europa da Galerie Temple ( França ). Agradece também o livro Ciranda de Poesias de Londrina 2007/08 com os vencedores deste maravilhoso evento que acontece em Londrina ( PR) e a carta do poeta chileno Orlando Nelson Pacheco Acunã.
www.tramavirtual.com.br/batuque_na_caixa
Leia no Rascunho 114, de outubro ( O Jornal de literatura do Brasil )
www.rascunho.com.br
ASSINE RASCUNHO
( 41) 3019-0498
rascunho@onda.com.br
" Quem não lê tem uma vida menor, em todos os sentidos,
porque não consegue apreendê-la, compreendê-la, senti-la no seu dia-a-dia"
( Raimundo Carrero )
" Na literatura, é importante fazer isso, cutucar feridas, colocar interrogações
Só assim ela fará sentido para quem a lê.
Só assim a sua sensibilidade conseguirá se combinar com a sensibilidade dos outros "
( Bernardo Ajzenberg )
" Atualmente, a literatura parece querer ser um mero adorno social. Coelho Neto tem aquela frase horrorosa que diz que a literatura é o sorriso da sociedade.
Hoje é mais ou menos isso"
( Roberto Gomes )
Entrevista Marcos Vinicius
Entrevista exclusiva para o blog Arte Brasil com o violonista brasileiro, radicado na Itália, Marcos Vinicius, que tem realizado grandes trabalhos em concertos e gravações com obras de compositores contemporâneos e do passado para o violão e em obras transcritas pelo músico. Aqui, ele conta sua trajetória, fala de sonhos e da magia que é a música, em entrevista na qual mantivemos a grafia original do teclado italiano, deixando assim que o leitor perceba a alma por trás do artista:
1) Marcos, é um prazer ter você falando com o público que acompanha nosso blog. Poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória ?
O prazer é todo meu, carissimo Aldo. Poder responder-te à estas perguntas e ter um contato com o pùblico do blog Arte Brasil è muito interessante, principalmente para mim.
Meu inicio com o violao foi muito singular e acredito, sinceramente, que foi uma "chamada" que recebì, de algo que vive nos Altos através deste nosso maravilhoso instrumento. Prefiro nao referir-me a principios religiosos mas, acredito fielmente, que algo là em cima nos diz e nos invoca a seguir um determinado caminho nas estradas da Vida.
A começar, quando completei 1 ano de idade minha mae, professora mas uma artista na confecçao de doces e salgados, distribuira, aos pequeninos que participaram à este meu primeiro aniversario, um bonequinho de presente e este bonequinho segurava em suas maos um violao. Aos oito anos frequentava ja a escola e se me lembro bem o Jardim de Infancia assim chamado. Vivendo em Congonhas, Minas Gerais, cidade pequena e de poucos habitantes na època onde todos conheciam todos....todos eram amigos de todos, minha mae permitia-me ir à escola acompanhado do grupinho de amigos que passavam diante de minha casa; iamos juntos para a escola e retornavamos juntos.
Um dia porém, ao retorno minha mae nao me viu entre os meus coleguinhas e obviamente se preocupou. Assim, resolveu fazer o percurso que faziamos e me encontrou, para e hipnotizado com um violao pendurado em um negocio que vendia de tudo...menos violao e que se encontrava na mesma rua onde passavamos para irmos à escola. Mas aquele violao era ali e, por sorte, o proprietario era amigo de meu pai, me conhecia, e nao se importou com a minha presença mas ao mesmo tempo alertando-me da preocupaçao que estaria provocando à minha mae. Enfim, minha querida mamae encontrou-me e o proprietario disse: "...Dona Celi, este menino està aì ha vinte minutos e nao descola o olhar do violao". Naquele exato momento – penso que Deus colocara Suas maos sobre a cabeça de minha mae – que com dificuldades financeiras pela improvisa morte de meu pai aos 36 anos, comprou o violao para mim em prestaçoes.
Atè hoje, todas as vezes que toco penso naquele dia sagrado para mim. Marquei este momento tambem depois de anos, dedicando à minha mae meu CD "Viola ...Violar" à minha mae, bem como minha composiçao Midnight Valse publicada na Espanha.
Assim começou minha trajetoria. E’ dificil contar todos os fatos ou mesmo aqueles principais da propria vida porque sao tantos. Porem, gostaria de deixar esta mensagem aos leitores e amigos: a fé, a força de vontade, determinaçao e disciplina unidos à flessibilidade como ser humano è o melhor modo para se conseguir um lugar ao Sol. As dificuldades existem...mas para seguirmos adiante...e nao para retornarmos atràs. Nao desçam do trem antes da proxima estaçao.
2) Como você começou escrever para o seu instrumento ? E como é o seu processo de criação ?
Sempre gostei muito de realizar transcriçoes e arranjos para o violao classico, principalmente para quartetos e orquestra de violoes. As melodias surgem em minha alma com muita facilidade (agradeço a Deus por isto) e em pouquissimo tempo consigo adaptar uma obra para o nosso instrumento. Este meu trabalho levou à Carrara Editions de Bergamo, Italia, a creare uma coleçao que tem o meu nome, a Marcos Vinicius Guitar Collection e muito me honra isto. Da mesma forma, recentemente na Espanha, a Periferia Sheet Music, uma outra editora fez o mesmo, criando a Marcos Vinicius Guitar Series.Com a gentil insistencia de guitarristas e amigos musicos, decidi entao escrever originalmente para o violao e, para a minha surpresa, estou obtendo um otimo reconhecimento de minhas obras, comprovado pelas varias gravaçoes que começam a sair com algumas de minhas obras.
Para criar-se uma obra penso seja fundamental estar em conexao sensorial com todo o ambiente que nos circunda...sentir tudo o que se encontra dentro e ao redor de nòs mesmos. Desta forma, no caso de um artista – neste caso, um musico – consegue receber sinais melodicos como resposta à sua intensidade emocional naquele preciso momento. Por outras vezes – e tudo se relaciona – a saudade de alguém, a lembrança de um belo momento que nao se repetirà, um sucesso obtido em modo improviso e tantos outros motivos espirituais, nos levam a traduzir tais sentimentos em melodias...assim, pelo menos, è o que acontece comigo. Deixo que tudo possa fluir dentro de mim atraves de meus dedos.
3 ) Você tem idéia de quantas obras musicais já escreveu ? E os recitais e concertos que foram memoráveis para você ?
Transcriçoes e revisoes sao inumeras e jà publicadas mas algumas ainda por serem elaboradas para as editoras. Composiçoes originais penso aproximadamente 30, incluindo aqui aquelas dedicadas aos jovens violonistas e que se encontram dentro de coletaneas. Obras de grande porte isto è, para concertistas poss relaciona-las:
The Awakening of the Wizards, Serrado, Galope, Preludio et Danse, Senhor do Bonfim, Le vent à Charlevoux, Africana e mais recentemente e ja publicada Ararat estas para violao solo. Para violao e violino/flauta Les fleurs de mon Jardin; para duo de violoes Along the River e para quarteto de violoes Walking Together e Mis manos...mi corazòn, uma homenagem ao encanto da cultura peruana.
Dificil dizer qual ou quais os concertos foram memoraveis para mim pois cada um tem sua magia e seus momentos inesqueciveis. Recordo-me porem um em particular quando no camarim veio dar-me os parabens a filha de Joaquin Rodrigo que era muito feliz pelo modo como tinha interpretado as obras de seu pai convida-me entao a passar uma tarde com Rodrigo...realmente um momento inesquecivel e tao importante.
Entrevista Marcos Vinicius
Entrevista exclusiva para o blog Arte Brasil com o violonista italiano Marcos Vinicius, que tem realizado grandes trabalhos em concertos e gravações com obras de compositores contemporâneos e do passado para o violão e em obras transcritas pelo músico. Aqui, ele conta sua trajetória, fala de sonhos e da magia que é a música, em entrevista na qual mantivemos a grafia original do teclado italiano, deixando assim que o leitor perceba a alma por trás do artista:
1) Marcos, é um prazer ter você falando com o público que acompanha nosso blog. Poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória ?
O prazer é todo meu, carissimo Aldo. Poder responder-te à estas perguntas e ter um contato com o pùblico do blog Arte Brasil è muito interessante, principalmente para mim.
Meu inicio com o violao foi muito singular e acredito, sinceramente, que foi uma "chamada" que recebì, de algo que vive nos Altos através deste nosso maravilhoso instrumento. Prefiro nao referir-me a principios religiosos mas, acredito fielmente, que algo là em cima nos diz e nos invoca a seguir um determinado caminho nas estradas da Vida.
A começar, quando completei 1 ano de idade minha mae, professora mas uma artista na confecçao de doces e salgados, distribuira, aos pequeninos que participaram à este meu primeiro aniversario, um bonequinho de presente e este bonequinho segurava em suas maos um violao. Aos oito anos frequentava ja a escola e se me lembro bem o Jardim de Infancia assim chamado. Vivendo em Congonhas, Minas Gerais, cidade pequena e de poucos habitantes na època onde todos conheciam todos....todos eram amigos de todos, minha mae permitia-me ir à escola acompanhado do grupinho de amigos que passavam diante de minha casa; iamos juntos para a escola e retornavamos juntos.
Um dia porém, ao retorno minha mae nao me viu entre os meus coleguinhas e obviamente se preocupou. Assim, resolveu fazer o percurso que faziamos e me encontrou, para e hipnotizado com um violao pendurado em um negocio que vendia de tudo...menos violao e que se encontrava na mesma rua onde passavamos para irmos à escola. Mas aquele violao era ali e, por sorte, o proprietario era amigo de meu pai, me conhecia, e nao se importou com a minha presença mas ao mesmo tempo alertando-me da preocupaçao que estaria provocando à minha mae. Enfim, minha querida mamae encontrou-me e o proprietario disse: "...Dona Celi, este menino està aì ha vinte minutos e nao descola o olhar do violao". Naquele exato momento – penso que Deus colocara Suas maos sobre a cabeça de minha mae – que com dificuldades financeiras pela improvisa morte de meu pai aos 36 anos, comprou o violao para mim em prestaçoes.
Atè hoje, todas as vezes que toco penso naquele dia sagrado para mim. Marquei este momento tambem depois de anos, dedicando à minha mae meu CD "Viola ...Violar" à minha mae, bem como minha composiçao Midnight Valse publicada na Espanha.
Assim começou minha trajetoria. E’ dificil contar todos os fatos ou mesmo aqueles principais da propria vida porque sao tantos. Porem, gostaria de deixar esta mensagem aos leitores e amigos: a fé, a força de vontade, determinaçao e disciplina unidos à flessibilidade como ser humano è o melhor modo para se conseguir um lugar ao Sol. As dificuldades existem...mas para seguirmos adiante...e nao para retornarmos atràs. Nao desçam do trem antes da proxima estaçao.
2) Como você começou escrever para o seu instrumento ? E como é o seu processo de criação ?
Sempre gostei muito de realizar transcriçoes e arranjos para o violao classico, principalmente para quartetos e orquestra de violoes. As melodias surgem em minha alma com muita facilidade (agradeço a Deus por isto) e em pouquissimo tempo consigo adaptar uma obra para o nosso instrumento. Este meu trabalho levou à Carrara Editions de Bergamo, Italia, a creare uma coleçao que tem o meu nome, a Marcos Vinicius Guitar Collection e muito me honra isto. Da mesma forma, recentemente na Espanha, a Periferia Sheet Music, uma outra editora fez o mesmo, criando a Marcos Vinicius Guitar Series.Com a gentil insistencia de guitarristas e amigos musicos, decidi entao escrever originalmente para o violao e, para a minha surpresa, estou obtendo um otimo reconhecimento de minhas obras, comprovado pelas varias gravaçoes que começam a sair com algumas de minhas obras.
Para criar-se uma obra penso seja fundamental estar em conexao sensorial com todo o ambiente que nos circunda...sentir tudo o que se encontra dentro e ao redor de nòs mesmos. Desta forma, no caso de um artista – neste caso, um musico – consegue receber sinais melodicos como resposta à sua intensidade emocional naquele preciso momento. Por outras vezes – e tudo se relaciona – a saudade de alguém, a lembrança de um belo momento que nao se repetirà, um sucesso obtido em modo improviso e tantos outros motivos espirituais, nos levam a traduzir tais sentimentos em melodias...assim, pelo menos, è o que acontece comigo. Deixo que tudo possa fluir dentro de mim atraves de meus dedos.
3 ) Você tem idéia de quantas obras musicais já escreveu ? E os recitais e concertos que foram memoráveis para você ?
Transcriçoes e revisoes sao inumeras e jà publicadas mas algumas ainda por serem elaboradas para as editoras. Composiçoes originais penso aproximadamente 30, incluindo aqui aquelas dedicadas aos jovens violonistas e que se encontram dentro de coletaneas. Obras de grande porte isto è, para concertistas poss relaciona-las:
The Awakening of the Wizards, Serrado, Galope, Preludio et Danse, Senhor do Bonfim, Le vent à Charlevoux, Africana e mais recentemente e ja publicada Ararat estas para violao solo. Para violao e violino/flauta Les fleurs de mon Jardin; para duo de violoes Along the River e para quarteto de violoes Walking Together e Mis manos...mi corazòn, uma homenagem ao encanto da cultura peruana.
Dificil dizer qual ou quais os concertos foram memoraveis para mim pois cada um tem sua magia e seus momentos inesqueciveis. Recordo-me porem um em particular quando no camarim veio dar-me os parabens a filha de Joaquin Rodrigo que era muito feliz pelo modo como tinha interpretado as obras de seu pai convida-me entao a passar uma tarde com Rodrigo...realmente um momento inesquecivel e tao importante.
Entrevista Marcos Vinicius II
4 ) Tem previsão de vir ao Brasil ?
Gostaria imensamente de ir ao Brasil e tocar depois de tantos anos de ausencia ali como concertista e ha tres anos nao vou ao meu Pais. Gostaria sim de retornar, tocar e realizar master class mas tem sempre o problema das passagens aereas porque às vezes è dificil para os organizadores. Obviamente precisa-me de um apoio oficial para isto. E digo, sinceramente, que tudo se pode conseguir se o interesse de ambas as partes è realmente grande. Certamente gostaria de retornar para tocar.
5 ) Como músico, você acompanha a música contemporânea ? E caso acompanhe, como a situa em seu repertório e em relação à sua estética musical ?
Como musico sim, acompanho alguns movimentos da musica contemporanea. Porem, vejo que tantos autores escrevem para eles mesmos, como forma de satisfaçao pessoal e nao vejo seja isto muito correto mas que respeito profundamente. Para mim, a linguagem musical deve atingir o espirito das pessoas, sem necessidade de traduçao...devem escutar uma obra e sentir-se bem.
Quando um autor consegue unir elementos da musica contemporanea com aquela tradicional nascem obras de grande valor e de grande beleza...e è disto que o nosso instrumento precisa. Com obras deste genero podemos atrair cada vez mais um grande publico ao contrario da musica extremamente contemporanea que, por sua linguagem, provoca um distanciamento das pessoas simples e tao importantes para a divulgaçao do violao.
O meu modo de compor, como dito antes, procura equilibrio e, se me sinto bem com aquilo que escrevo e certo de que posso tocar o coraçao das pessoas, nao tenho nenhuma duvida que o meu caminho possa nao ser correto.
6 ) Em sua formação, quais músicos e compositores você considera uma influência em sua carreira ?
Nao acredito que possam influenciar na propria formaçao; acredito porem que possam dar-te estimulos para prosseguir, seguindo o exemplo destes como homens e nao somente como musicos. Tudo aquilo que tocamos e como tocamos è uma resposta imediata à tudo aquilo que vivemos atè entao. Digo sempre a meus alunos: se quiserem ser grandes artistas por favor procurem primeira serem grandes homens.
A musica dos grandes mestres para as diversas e diferentes formaçoes instrumentais possam dar-nos uma grande contribuiçao no percorrer de nossa carreira. Na realidade, vejo ser muito importante conhecer os diversos periodos da musica, do Renascimento aos nossos dias mas nao somente onde o violao ou instrumentos de cordas dedilhadas e relacionados sejam envolvidos; è fundamental escutar de tudo. E saindo do binario classico, è importante escutar a musica popular, o rock e suas variantes. Infelizmente, musicos classicos nao consideram muito estes generos.
Porem, um grande artista sabe respeitar grandes artistas que se encontram do outro lado da ponte, reconhecendo o valor que deram e dao para a musica em sentido geral. Obvio, existe muita coisa ruim neste campo mas digamos a verdade; na musica classica tambem existem coisas que sao impossiveis de escutar.
Demos a Cesar o que è de Cesar e a Deus o que è de Deus!
Entrevista Marcos Vinicius III
7 ) Você tem acompanhado a recente safra de violonistas brasileiros ? O que acha ? Destaca algum trabalho em especial ?
Isto me deixa muito feliz. Saber que o Brasil tem dado esta grande contribuiçao ao violao atraves de bons violonistas è mesmo uma honra para nòs, Porem, daquilo que as vezes percebo, falta aquele fogo dentro quando se toca para que se possa transmitir algo verdadeiramente à quem te escuta, nao resumindo-se somente ao exibicionismo, mesmo que esta possa ser uma estrada ma que nao pode levar-te a nenhum lugar.
E’ ja especial aquilo que tantos violonistas brasileiros tem feito e prefiro por principios profissionais e por respeitar todas as escolhas individuais, nao mencionar um trabalho em particular.
8 ) Poderia falar da música e da cultura européia em geral, como você a enxerga neste momento ?
O velho continente sempre foi meta de artistas, principalmente pela riqueza cultural que aqui se apresenta. Porem, posso dizer-lhe con absoluta certeza, que hoje com o advento dos fantasticos meios de comunicaçao destacando-se Internet, o mundo se encontra em nossas maos. Percebo uma grande inversao: o Brasil, hoje, è considerado um Pais emergente e isto nos glorifica apesar de suas grandes dificuldades mas que, pouco a pouco, começam a se solucionar.
9) Abro o espaço para você falar com nosso público e agradeço imensamente o tempo que você nos reservou para conceder esta entrevista. Faremos de tudo para tê-lo em breve conosco em Londrina. Obrigado !
Espero sim de poder estar com voces e conhecer de perto a vossa realidade, trocar ideias, ensinar e aprender tambem. Sei que voces tem feito um bonito trabalho e gostaria de contribuir no futuro.
Atraves deste amor procuro abraçar a todos com os sons do meu violao, este maravilhoso presente que me concedido do Alto e o qual abracei com toda a força de minh’alma.
Foram tantos os momentos dificeis; tantos momentos de falta de coragem, de medo em nao conseguir. Mas foram nestes momentos que percebi que a força se encontra no homem e nao somente no artista. Vencendo momentos dificeis percebi tambem que o acreditar nas proprias possibilidades è a maior riqueza que podemos ter dentro de nòs.
Conhecì a tantos que se perderam na propria estrada e se perderam porque se julgavam donos da arte que lhes fora concedida...e a vida nao è assim. Para dar precisa-se saber receber e para receber è necessario ser humilde e provar o senso de gratidao por tudo aquilo que se tem, mesmo que seja pouco naquele momento.
Para aqueles que querem chegar là , nao se esqueçam que sois instrumentos nas maos del algo muito maior do que nòs mesmos. Sigam a estrada com força, determinaçao e fé.
A vida nos dà tantas oportunidades, aproveitem! Mas façam que estas oportunidades sejam um bem para tambem a todos aqueles que se encontram ao vosso redor. O sucesso ha seu verdadeiro valor se vem condividido.
Para receberem devem dar, nao se esqueçam Um acorde perfeito è constituido de tres graus; uma mesa està em equilibrio se tem pelo menos tres pès...e assim è a Vida. Para se obter algo è preciso Decidir o que fazer, Como fazer e por fim pagar o preço. E é extremamente dificil a terceira parte porque a Vida nos cobra antecipadamente...em outras plavras...por nenhum motivo desçam do trem antes de chegarem à proxima estaçao.
Para ser um grande artista è preciso ser artista na construçao da propria vida...como ser humano. Somente assim o tao sonhado artista poderà ser verdadeiramente feliz e completar o inteiro caminho na longa estrada da Vida.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Na Bahia
Que é este sinal em meu coração ?
Omulú, será?
Sapiens em férias, loucas férias...
Dormir e sonhar com este algo/flor, este mito/ igual, esta fúria do amor em tudo.
Por isso, vim à Bahia...
Por isso, dormi na Bahia
E não quis ver o mar
Pois queria comer o mar.
Não fui me banhar
Pois queria beber o mar
Gostaria de tragar o mar
E penetrar aquele azul.
Vi o que vi e gostei mais daquilo
tudo que não vi e ouvi.
E como é bom ouvir o barulho/som do mar.
As águas que batem nas pedras
e só vão machucá-las daqui alguns anos.
E eu me machuco e só sofro por tão ver
e não poder comê-lo, bebê-lo, tragá-lo-ei e o mar...
II
Luas tortas
Águas soltas
Sol anterior...
Nuas bordas
Águas soltas
Sorriso/calor...
Quem viverá não pode ficar sem ver....
III
Suporta-me o brilho
E este canto afável de sereia.
Por pedras precoces que não se quebram
E olhos, cansados (nossos) que não enxergam...
( Aldo Moraes
composermoraes@hotmail.com )
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Alice, Paulo, Teresinha Lima, Itamar e Bahiarte
A artista plástica londrinense Maria Teresinha Lima, que tem várias obras no acervo do Museu de Artes de Londrina, foi selecionada para integrar o acervo do Museu de Arte Mundial Antônio Gualda Y Diana Franco, através da obra Etnia III, que mostra uma tribo africana que usa adornos semelhantes aos índios brasileiros.
A poeta curitibana Alice Ruiz foi a grande vencedora da 51ª edição do Prêmio Jabuti, com seu livro" Dois em Um" publicado pela Iluminuras. Em 1989, ela venceu com o livro" Vice-Versos". Alice tem dado grande contribuição também com letras para compositores da MPB, como Arnaldo Antunes, Itamar Assumpção e Zélia Duncan.
E por falar nisto, o múltiplo poeta e perfomer Paulo Leminski " o bandido que sabia latim", tem recebido muitas homenagens na passagem dos 20 anos de sua morte ( se foi em 1989, tal como Raul Seixas e Luiz Gonzaga ), como aconteceu em Londrina com o cada vez melhor Festival Literário Londrix ( coordenado pela produtora cultural Cristine Vianna) e em São Paulo, com uma extensa mostra reunindo originais, textos inéditos, shows, documentário e peça no Instituto Cultural Itaú, Avenida Paulista, 149, São Paulo/SP, até dia 8 de novembro, com entrada franca.
Já o cantor e compositor Itamar Assumpção, morto em 2003, recebe agora a reedição de sua obra completa na "Caixa Preta", que vai incluir 26 canções inéditas que o músico registrou no formato voz e violão e estão sendo arranjadas para banda completa, com coordenação de sua filha Anélis Assumpção.
A Bahiarte, da marchand Ana Barreto e que colocou a cidade de Londrina no circuito das artes plásticas nacionais, inclusive levando obras de Juarez Machado e Romero Brito para a cidade, está completando 36 anos de atividades. É enorme a contribuição e a qualidade da Bahiarte para as artes no Norte do Paraná e merece nossos maiores cumprimentos.
A comemoração ocorre junto com a exposição de obras da artista Patrícia Lopes Canesin.
Endereço: Rua Espírito Santo, 1701 Londrina Paraná