No dia 8 de abril chegará às telas brasileiras o longa-metragem peruano Contracorrente, de Javier Fuentes-León. O título já recebeu mais de 30 prêmios em festivais de cinema pelo mundo, a maioria por voto do público, como nos festivais de Sundance e Miami. Haverá duas cabines em São Paulo para apresentar o filme à imprensa.
- São Paulo - dia 29 de março às 10h30 - Unibanco Arteplex Frei Caneca - Sala 4
- São Paulo - dia 04 de abril às 10h30 - Unibanco Arteplex Frei Caneca - Sala 7
“Contracorrente” estreia em telas brasileiras após ser aclamado pelo público em festivais internacionais
Diretor peruano ambienta um peculiar triângulo amoroso, com referências à “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, no exuberante litoral do seu país; O longa aborda ainda tradições, religião e aceitação da sexualidade.
18º Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual (2010 ) – Melhor Longa-metragem
Miami International Film Festival (2010) – Prêmio de Público – Categoria Ibero-Americana
Sundance Film Festival (2010) – Prêmio de Público – Categoria Cinema Mundial
San Sebastián Internacional Film Festival (2009) – Vencedor do prêmio Sebastian Award
São Paulo, março de 2011– O longa-metragem “Contracorrente” chega às telas brasileiras, no dia 08 de abril, pelas mãos da Festival Filmes, com promoção da The Week e da rádio Energia 97. O lançamento será simultâneo em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A fita de estreia de Javier Fuentes-León foi escolhida pelo Peru a concorrer a uma das vagas de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2011.
Uma pequena vil a de pescadores, no litoral peruano, é o cenário para León contar a história deste peculiar triângulo amoroso. Mariela (Tatiana Astengo) está prestes a ter seu primeiro filho com Miguel (Cristian Mercado). O casal está completamente inserido na pequena comunidade pautada por tradições religiosas e pela importância de manter as aparências.
Assim como os demais moradores, demonstram incômodo com a constante e misteriosa presença do fotógrafo forasteiro Santiago (Manolo Cardona), que se mudou para a vila e passou a fotografar o cotidiano dos moradores, além de manter um secreto romance com o pescador Miguel.
Neste emaranhado de conceitos e pré-conceitos, Fuentes-León transita com sutileza por planos leves que mostram o cotidiano do vilarejo, com destaque para a fotografia que explora a natureza local.
Os conflitos em torno da aceitação da sexualidade, a influência da forte religiosidade e as barreiras de sociedades conservadoras ganham cenas carregadas de dramaticidade e interpretações viscerais, que destacam o talento do jovem trio de protagonistas, sem deixar de lado uma dose de humor, que confere uma leveza ao denso roteiro.
Para o telespectador brasileiro será difícil não notar as referências a “Dona Flor e seus dois maridos”, filme de Bruno Barreto baseado no romance de Jorge Amado, mesmo que as histórias sejam completamente diferentes.
“Eu estava muito atento às semelhanças ao escrever Contracorrente, então decidi homenagear esta conexão batizando de Dona Flor a tia do protagonista”, conta o diretor e roteirista do longa. A teledramaturgia brasileira, mais especificamente a novela “Direito de Amar”, de 1987, é outra referência presente no longa. Não por acaso, o galã da época era Lauro Corona, cuja morte no final dos anos 80 em decorrência de complicações causadas pelo HIV, foi negada pelos familiares e mascarada pela mídia.
Além dos diversos prêmios em importantes festivais internacionais como o Sundance Film Festival e o Miami International Film Festival, em ambos premiado pelo público, o filme foi escolhido para abrir o 18º Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual, e levou o Coelho de Prata para Melhor Longa-Metragem, também por consagraçã o popular.
“Tem sido uma alegria ver que o filme está sendo bem aceito pelo mundo e que também já agradou o público brasileiro. Raramente uma produção peruana tem o prazer de ser lançada no Brasil, e estou orgulhoso que isso seja possível no meu primeiro trabalho”, completa Fuentes-León.
“Contracorrente” é o sexto título distribuído no Brasil pela Festival Filmes, de Suzy Capó, que já trouxe às telas brasileiras sucessos como “De repente, Califórnia”, “Patrik 1.5”, “Pecado da Carne”, “Aquarela – As Cores de uma Paixão” e o aclamado “Eu Matei Minha Mãe”, de Xavier Dolan.
“É muito gratificante poder trazer ao público brasileiro uma produção que retrata o novo cinema latino-americano e mostra como a nossa região tem avançado nas discussões relacionadas à diversidade sexual”, afirma Suzy Capó.
Sobre a Festival Filmes
A Festival Filmes foi criada em julho de 2008, por Suzy Capó, com a missão de distribuir filmes de nicho para as plateias brasileiras, além de auxiliar cineastas brasileiros a encontrar público para seus filmes pelo mundo com o apoio de festivais de cinema, redes sociais e marketing estratégico.
O modelo empresarial da Festival Filmes inclui a distribuição, o marketing e a cr iação de conteúdos dirigidos a segmentos específicos da população e que alcancem mercados tradicionalmente inexplorados. Especializa-se no segmento LGBT, mas sua visão inclui outras comunidades sociais e culturais.
Ficha técnica
Filme: Contracorrente (Contracorriente)
Duração: 100 minutos
Diretor: Javier Fuentes-León
Elenco: Tatiana Astengo, Manolo Cardona e Cristian Mercado
Gênero: Drama
Ano: 2009
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Leandro Matulja/ Leticia Zioni/ Sandra Calvi
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