Zé do Norte 18/12/1908 02/10/1979
Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento) jogava
nas onze. Era cantor, compositor, poeta, folclorista e escritor, mas
antes de desenvolver tantas atividades intelectuais, pegou no pesado.
Trabalhou desde os nove anos na enxada, no sertão de Pernambuco.
Depois
foi apanhador de algodão e tropeiro. Sempre cantou mas não imaginava que
isso iria tornar-se uma atividade profissional. Em 1921, foi para
Fortaleza, alistou-se no Exército e acabou indo servir no Rio de
Janeiro, morando, mais tarde, próximo ao morro de Mangueira. Convidado
por Joracy Camargo, atuou no show Aldeia Portuguesa, obtendo
grande sucesso com uma embolada de sua autoria.
Acabou sendo levado para
a Rádio Tupi onde cantou adotando o pseudônimo de Zé do Norte, em 1940.
No ano seguinte, foi para a Rádio Transmissora Brasileira (atual Rádio
Globo) e participou de programas, como Desligue, Faz Favor e Hora Sertaneja.
Passou depois para as rádios Fluminense, Clube do Brasil, Guanabara
(onde teve como sanfoneiro um iniciante João Donato) e Tamoio – nessa
última, atuando como animador, organizador, cantor e declamador. Zé do
Norte publicou o livro Brasil Sertanejo em 1948 e cinco anos depois atuou como consultor do linguajar nortista e compositor no filme O Cangaceiro, de Lima Barreto (1953).
Sua música Mulher Rendeira
(sobre motivo atribuído a Virgulino Ferreira, o Lampião) ficou
mundialmente conhecida após ser incluída no referido filme. Entre suas
mais de 100 composições, a segunda mais famosa é Sodade Meu Bem, Sodade (1955), regravada por vários intérpretes, como Nana Caymmi e Maria Bethânia.
Fonte: http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/ze-do-norte
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