Praticantes e adeptos das religiões afro-brasileiras participaram ontem (28/4) de uma manifestação contra a intolerância e o preconceito religioso no Parque do Ibirapuera, na capital paulista. Também uniram-se à chamada Marcha do Axé, pessoas ligadas aos grupos de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (GLBTT) e organizações não-governamentais (Ong) contra o racismo. A Polícia Militar estima que cerca de duas mil pessoas participaram da marcha.
Segundo um dos organizadores da marcha, Jorge Scritori, a manifestação é um movimento de conscientização com relação às dificuldades que a comunidade dos praticantes do umbanda e candomblé sofrem com relação à intolerância, preconceito e discriminação. “Queremos trazer uma visão em relação a tudo o que vem acontecendo em todas as comunidades. Hoje se um dos meus filhos manifesta o teor religioso que temos em casa, tem dificuldades. Se há um terreiro pequeno dentro de uma comunidade ou um bairro, há vidros quebrados, entre outras coisas”.
Scritori destacou que, muitas vezes, esse tipo de agressão é impulsionada até por pessoas de outras religiões. Devido a esse comportamento, ele disse que o objetivo é levantar a discussão sobre o preconceito e sobre uma consciência maior do que é religião. “Queremos colocar isso de forma clara para a sociedade. Queremos a inclusão e aceitação do nosso processo. Não exigimos a mesma crença, mas é dever de todos respeitar”, afirmou.
Fonte: Jornal do Brasil
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