A ministra da Cultura do Brasil, Ana de Hollanda, convocou os ministros de Cultura da América do Sul, presentes no Seminário Cultura e Sustentabilidade Rumo à Rio+20, para começarem a pensar e agir como um bloco regional e não apenas como países independentes. O seminário foi realizado na sede da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em São Paulo, no final da tarde de sexta-feira, 13 de abril.
O evento integra o conjunto das ações que o Ministério da Cultura vem realizando, desde o ano passado, para destacar as relações entre Cultura e Sustentabilidade durante a Conferência da Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20 -, que acontecerá no Rio de Janeiro, em junho. O encontro reuniu dirigentes de Cultura dos países sul-americanos com representantes da sociedade civil brasileira, para debaterem as relações da área com o desenvolvimento econômico sustentável, tema que está sob a responsabilidade do Minc na conferência das Nações Unidas.
A ministra destacou a necessidade dos países valorizarem e protegerem aspectos culturais transnacionais, como as tradições dos Povos Guarani, comum à grande maioria das nações da América do Sul, bem como a defesa dos direitos de cidadania da população, que envolvem o acesso aos bens culturais, à ética, e a livre expressão de sua diversidade. “Não existe liberdade de expressão mais completa do que a liberdade artística e cultural”, comentou Ana de Hollanda.
As discussões continuam neste sábado, na Reunião de Altas Autoridades Sul-Americanas sobre Cultura e Desenvolvimento Sustentável, que também será realizada na Funarte/SP. No final do encontro será elaborado um documento com as propostas do bloco para a Rio+20.
Mudanças
O representante do Uruguai, ministro Ricardo Ehrlich, disse que o conceito de sustentabilidade traz mudanças fundamentais na concepção de desenvolvimento econômico, pois inclui o crescimento humano como peça importante para o desenvolvimento das nações. Ele propôs aos seus colegas estender os desafios da Rio+20 para além das questões do desenvolvimento sustentável.
“Precisamos aprofundar as discussões sobre os desafios de nosso tempo. O século XXI deve ser pensado como uma época em que a Cultura deixará sua marca como instrumento civilizatório”, disse.
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2012/04/rando23.pngPara o ministro da Cultura do Paraguai, Tício Escobar, a Cultura é o pivô fundamental para a visão contemporânea de desenvolvimento, pois traz a possibilidade de interlocução com a diversidade. E a sustentabilidade, segundo afirmou, é um conceito essencialmente cultural.
Também participaram do seminário altos dirigentes da Cultura no Peru, Chile, Bolívia e Argentina, além de dirigentes do MinC, como o secretário-executivo Vitor Ortiz e também Henilton Menezes (Sefic), Américo Córdula (SPC), Valério Bemfica (Representação MinC/RJ), Tadeu de Souza (Funarte/SP), e o secretário do Meio Ambiente do estado de São Paulo, Bruno Covas, representando o governador Geraldo Alckmin.
(Texto: Patrícia Saldanha, Ascom/MinC)
(Fotos: Regina Grammont, Ascom/MinC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário