sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Espaço Cultural do Choro



Brasília ganha Espaço Cultural do Choro projetado por Oscar Niemeyer


O Espaço Cultural do Choro, projetado por Oscar Niemeyer, foi inaugurado nesta quinta-feira (10), e substitue o Clube do Choro de Brasília, que funcionou durante 34 anos de forma provisória.

A sede antiga deve ser transformada em um centro de memória e referência ao choro, com arquivos do clube abertos ao público. “Uma parceria com a Universidade de Brasília, que vai copiar e digitalizar todo material da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional, do Museu da Imagem e do Som, vai nos dar uma condição de, em breve, poder nos relacionar com diversas universidades do mundo”, explicou o presidente do Clube do Choro, Reco do Bandolim.

O novo prédio tem 560 metros quadrados e começou a ser construído em 2008. A capacidade, que antes era de 300 pessoas, passou para 420. Paredes e teto ganharam materiais para melhorar a acústica. O sistema de som e luz também foi modernizado. A nova sede ainda conta com um camarote para autoridades e camarins para os artistas.

O especialista em choro e chefe do Departamento de Música da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Dourado Freire acredita que o clube, que é tombado pelo governo do Distrito Federal como patrimônio imaterial cultural, ganhou um espaço à altura.

“O clube eleva o nível do choro, que estava no subterrâneo, e dá um lugar de grande destaque para o choro em Brasília. A juventude já cresce fazendo choro aqui no Distrito Federal e isso é muito importante para solidificar a cultura na cidade”, disse Freire.

Em seus 34 anos de história, o Clube do Choro já recebeu 2.5 mil músicos em 1.5 mil shows, com uma plateia estimada em 500 mil pessoas.

A Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, com o novo prédio, saiu do galpão improvisado, e está agora no anexo do Espaço Cultural do Choro, com mil metros quadrados. Os corredores têm iluminação natural e nas oito salas de aula há capacidade para mil estudantes de diversos instrumentos musicais.

Para o violinista Henrique Neto, já estava na hora do choro deixar de ser um hóspede no Brasil. "Agora com esta sede nova a gente vai ter a oportunidade de mostrar os shows com mais conforto", disse.

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