O 17º Festival Unicanto de Corais levou ao Teatro Ouro Verde, ruas e paróquias de Londrina, um dos mais antigos e naturais instrumentos musicais: a voz humana, que se tornou ao longo da história ocidental, um dos mais belos e refinados elementos sonoros.
O evento, já tradicional e respeitado nacionalmente, conseguiu integrar nesta última semana: o orgulho de nossa latinidade com grupos da Venezuela e Argentina; o coração alagoano do Conjunto Rugas de Ouro; a estréia da obra contemporânea Salmo 100, do compositor Marcelo Rauta e a excelência dos londrinenses Chorus, Musiarte, Coros adulto e juvenil da UEL e Unicanto e dos regionais Sol Maior, Palestrina e Cocamar.
A presença de jovens em muitos coros e também na platéia mostra que vivemos um tempo de primavera cultural, em relação à democratização que as redes sociais e a internet proporcionam e que levam a todos os lugares o melhor do que se produz em música vocal no Brasil. E é claro que havendo o acesso, a juventude pode conhecer e gostar da diversidade que o país produz no imenso oceano que vai das vozes uníssonas ao canto operístico.
O Maestro José Mário Tomal, sua esposa Marli e a equipe merecem os aplausos junto com cada grupo convidado, em um Festival exemplar que merece todo o apoio de Londrina!
A nota triste da semana é a morte do músico Tatá da Gaita, aos 58 anos, vitimado por câncer. Destaque nacional em seu instrumento e requisitado em trabalhos de blues e country além do sucesso de sua performance solo, Tatá sempre esteve ligado ao chão vermelho de Londrina e mesmo percorrendo o Brasil em seus shows, voltava para aqui buscar inspiração e encontrar os amigos.
Salve Festival Unicanto!
Salve Tatá da Gaita!
Aldo Moraes
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