quarta-feira, 5 de agosto de 2015

CARTAS ENTRE ESCRITORES E O CORAÇÃO LIVRE DE LUIZ GAMA ESTÃO NO JORNAL CÂNDIDO

 Veja completo: http://www.candido.bpp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=927

Ensaio | Ligia Fonseca Ferreira

No coração, a liberdade: as cartas exemplares de Luiz Gama

A professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Ligia Fonseca Ferreira faz uma análise da trajetória de Luiz Gama, intelectual brasileiro negro, e pouco conhecido, a partir da troca de cartas do autor com outros interlocutores


Muitos talvez o desconheçam, mas Luiz Gama (BA/1830 — SP/1882) é uma personalidade extraordinária de nossa história. Dentre os raros intelectuais negros do século XIX, foi o único a ter sofrido 8 anos de escravidão, fato marcante na trajetória de um homem nascido livre, cuja vida devotou a libertar escravos.
Poeta, jornalista, advogado e maçom, Gama cumpriu um destino incomum numa época impiedosa para pessoas de sua cor e condição. Desempenhou um papel pioneiro em vários campos. Na literatura, universo exclusivo de brancos, introduziu em 1859 uma voz até então ausente ao publicar sua obra única, as Primeiras Trovas Burlescas (PTB), coletânea de poemas satíricos nos quais um autor que se assume “negro” denuncia os paradoxos políticos, éticos e raciais da sociedade imperial.
luizgama
Luiz Gama foi um intelectual negro no Brasil no século XIX. 

Na política, exerceu incontestável liderança nas campanhas abolicionista e republicana, militando nos jornais, na tribuna e nos tribunais duas décadas antes do advento da Abolição e da República. No Direito, o advogado “provisionado” (com licença especial), inovou nas estratégias jurídicas, desenterrando leis como a de 7 de novembro de 1831, que declarava livres os africanos chegados ao Brasil a partir daquela data, combatendo a escravização ilegal.

Download do jornal:  http://www.candido.bpp.pr.gov.br/arquivos/File/candido48.pdf

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