"Sim, sou
brasileiro e bem brasileiro.
Na minha
música deixo cantar os rios e os
mares deste grande Brasil".
(Heitor
Villa-Lobos)
Em atividade há mais de duas décadas, com uma
história profissional consagrada tanto na música erudita quanto na popular, o
Duo Santoro, formado pelos irmãos Paulo e Ricardo Santoro em 1990, vai lançar,
no próximo dia 28 de maio, terça-feira, às 20:30h, no Espaço Tom Jobim, no
Jardim Botânico, o seu tão aguardado primeiro disco, “Bem Brasileiro”, pela
gravadora A CASA DISCOS, totalmente dedicado a compositores brasileiros do
século XX e contemporâneos. Com direção artística do pai, o contrabaixista
Sandrino Santoro, com quem os gêmeos iniciaram seus estudos desde meninos, e
produzido por Sergio Roberto de Oliveira – indicado ao Grammy Latino 2012 pela
produção do CD “Prelúdio 21 – Quarteto de Cordas” -, o CD reúne obras de
compositores expoentes da nossa música, em formação para duo de violoncelos, em
um repertório que joga luz nas diferentes tonalidades que formam a música
brasileira.
O título “Bem Brasileiro”, em menção à célebre
frase de Heitor Villa-Lobos, revela a brasilidade presente em todas as faixas do
CD, que se inaugura com “O Trenzinho do Caipira”, uma das melodias villalobianas
mais populares, com adaptação singular dos irmãos Santoro. O polonês Waldemar
Szpilman, nascido em 1915 e imigrado para o Brasil em 1925, é representado pela
obra “Choro”, reveladora do seu trânsito fácil entre as músicas de concerto e
popular. “Três Temas do Folclore”, do contrabaixista e compositor Ricardo
Medeiros, traz impressa a singeleza do primeiro movimento e a crescente ênfase
nos seguintes. O compositor alemão Ernst Mahle, naturalizado brasileiro em 1962,
alça destaque com “Três Duetos Modais, escritos em 1974, denotando a forma
natural como incorporou os elementos brasileiros em sua formação musical
europeia. A “Modinha”, de Franciso Mignone, obra conhecida como o segundo
movimento da sonata para dois fagotes, ganha adaptação para dois violoncelos sem
muitas alterações do texto original. O argentino José Alberto Kaplan,
naturalizado brasileiro em 1969, escreveu “Nazareteando” especialmente para o
Duo Santoro, não escondendo no título a inspiração de Ernesto Nazareth.
O disco traz outras grandes surpresas como o
compositor mineiro radicado no Rio de Janeiro Alexandre Schubert, com sua peça
“Duo”. “Choro Seresteiro”, escrito por Osvaldo Lacerda em 1974, imprime um ar de
seresta ao disco, e Ernani Aguiar surge em “Seis Duetos”, compostos em 1985,
reunidos aqui pela primeira vez em sua forma integral. Escrita originalmente
para contrabaixo e orquestra de câmara, “A 7° Folha do Diário de um Saci”, de
Edmundo Villani-Côrtes, inspira-se no folclore brasileiro, enquanto a “Cantiga e
Desafio”, do carioca João Guilherme Ripper, traz trechos de acentuada polifonia
e mudanças de andamento e métrica. Sergio Roberto de Oliveira encerra com o seu
“Bis”, escrita em 2012 especialmente para este CD e dedicada ao Duo Santoro.
Duo
Santoro
Nascidos no Rio de Janeiro,
os gêmeos Paulo e Ricardo fazem parte da Orquestra Sinfônica Brasileira desde
1986 e da Orquestra Sinfônica da UFRJ desde 1989, no mesmo ano em que se
graduaram pela Escola de Música da UFRJ com nota máxima e dignidade acadêmica
Magna Cum Laude. Com Mestrado em Música, já se apresentaram como
solistas à frente de várias orquestras, além de participarem de
outras formações camerísticas distintas, tais como Trios, Quartetos e outros
Duos.
Único duo de violoncelos em atividade
permanente no Brasil, o Duo
Santoro estreou em 1990 e já se apresentou nas principais salas
de concerto do Brasil. Seus recitais incluem um leque eclético de estilos que
vai do erudito ao popular. As transcrições e arranjos para violoncelos são
assinados, na sua maioria, pelo próprio Duo. Uma
das principais metas do Duo Santoro é a divulgação da música brasileira. Para
isso, contam com a colaboração de vários compositores, que dedicaram algumas de
suas principais obras ao Duo.
No ano de 1992, tiveram seu
trabalho reconhecido através das condecorações "Medalha de Ouro" e "Medalha de
Prata" conferidas pela Escola de Música da UFRJ, iniciando, a partir daí,
participações constantes em gravações para televisão e rádio. Já tocaram ao lado
de mestres da música popular como Sivuca, Robertinho do Recife, Bibi Ferreira,
Maria Bethânia e Gilberto Gil, entre outros; e em palcos teatrais ao lado dos
atores Carlos Vereza e Nathalia Timberg, além de participações em discos de
Guilherme Arantes, Simone, Almir Sater e Roberto Carlos, entre
outros.
Em 1995, Paulo e Ricardo Santoro receberam por
unanimidade da "União Brasileira de Escritores" o Prêmio PERSONALIDADE CULTURAL.
Nas comemorações dos 20 anos do Duo
Santoro, em 2010, se apresentaram em praticamente todo o Brasil e na
República Dominicana, coroando o ano com um recital no famoso Carnegie Hall de
Nova York.
SERVIÇOS:
28 de MAIO
(terça-feira)
Rio de
Janeiro
Local: Espaço Tom
Jobim
Rua Jardim
Botânico, 1.008, Jardim Botânico
Hora:
20:30h
Entrada: R$10,00
(inteira) e R$5,00 (idosos e estudantes)
Informações: (21) 2274-7012
Estacionamento Grátis
Programa:
ALEXANDRE
SCHUBERT
- DUO*
Jovial
Lento
Vivo
RICARDO
MEDEIROS -
TRÊS TEMAS DO FOLCLORE
Murucututu
(Acalanto)
Meu
Balaio (Baralho)
Boi
Misterioso (Reisado)
SERGIO
ROBERTO DE OLIVEIRA - Bis*
JOÃO
GUILHERME RIPPER - Cantiga e Desafio*
ERNANI
AGUIAR - Seis Duetos
HEITOR
VILLA-LOBOS -
Prelúdio das Bachianas Brasileiras nº 4
Ária das Bachianas
Brasileiras nº 5
O Trenzinho do
Caipira
ERNESTO
NAZARETH - Brejeiro
*Música
dedicada ao Duo Santoro
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