Londrina realizou ontem a 1ª edição do prêmio Lese Orisá, como homenagem às comunidades de religiões de matrizes africanas de Londrina e região.
A cidade de Londrina e região, tem atualmente 456 terreiros de candomblé e umbanda, conforme dados levantados pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiro NEAA da Universidade Estadual de Londrina – UEL. São comunidades que agregam em média 50 a 150 integrantes. Com atuação efetiva no rito religioso e em muitos casos de ações sociais realizadas pelo casas de ases.
Buscando reconhecer o trabalho efetivo dessas casas, a Associação de Ogans de Londrina e Região criou o prêmio Lese Orisá para dar maior visibilidade, não só às demais casas, mas principalmente a sociedade em geral. Desta forma, busca-se trazer a premiação para que esta ação contribua com as lutas contra a intolerância religiosa. Trazendo maior exposição do que é a luta pela continuidade das tradições e da importância que essas ações tem para os adeptos da religião.
A Associação de Ogans de Londrina e Região, presidida pelo Ogan Carlinhos, é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 2009, ligada ao Instituto Cidadania (CNPJ 05.073.589/0001-71) localizada na Rua Uruguai/ esquina com Venezuela, nº 1656 - Londrina-PR.
Representa as comunidades das religiões de matriz africana que lutam pelo respeito de sua crença. Busca sempre estar junto com os babalorixás e yalorixas, levando as suas contribuições das situações vividas no dia a dia. A entidade Associação entende que o trabalho na religião ocorre de forma efetiva e conjunta. Os integrantes da Associação de ogas, em alguns casos são profissionais ligados à educação, participam ativamente de capacitação em escolas, em eventos das Universidades e em eventos promovidos pelo Estado.
O prêmio
Para o presidente da Associação Ogan Alabe Carlinhos (Carlos Augusto de Souza) premiar os adeptos do candomblé e da umbanda com forte atuação no fortalecimento das tradições das religiões de matriz africana em Londrina e Região é uma ação que visa incentivar com que mais pessoas percebam o esforço de tantos religiosos para fortalecer as religiões de matrizes africanas.
Ele cita os principais objetivos com a premiação, que são:
· Contribuir no combate a intolerância religiosa;
· Divulgar a cultura afro-brasileira;
· Visibilizar as contribuições das religiões de matriz africana na formação da cultura brasileira;
· Apontar sacerdotes e sacerdotisas que prestam serviços as suas comunidades e sociedade em geral;
· Viabilizar canais de comunicação entre as comunidades e sociedade;
· Incentivar as boas praticas.
O vice presidente da Associação Ogan, Robson Borges Arantes, conta que o foco inicial era realizar uma premiação direcionada aos babalorixas e yalorixas, porém, a Comissão organizadora do evento, ouvindo os próprios babalorixás e yalorixás, percebeu que existem muitas pessoas que dedicam-se ativamente no trabalho dos terreiros e que deveriam também serem reconhecidas. E a partir disso, foi estabelecido a premiação para ekeds, ogans e possas ligadas a religião
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