terça-feira, 17 de junho de 2014

ARTE E CULTURA DO MÉXICO

A cultura é muito rica no México, na medida em que mistura elementos de diversos períodos, desde aspetos pré-hispânicos e do período colonial até aos mais modernos. A riqueza cultural é também cultivada graças aos cerca de 52 povos indígenas sucessores das sociedades pré-hispânicas, que falam diversas línguas, das quais o náhuatl é a que conta com o maior número de falantes e cuja população se concentra nas localidades do Distrito Federal, Guerrero, Hidalgo, Morelos, San Luis Potosí, Estado do México, Puebla e Veracruz. Do total da população indígena do país, 17,1% vivem nas principais cidades: Monterrey, Cancún e Guadalajara.

 


Entre os aspetos culturais mais relevantes e antigos encontra-se a pintura, que já estava presente no México pré-hispânico em construções e códices, bem como durante a colonização em conventos. No século XX, esta alcançou renome mundial graças a artistas que exprimiam a crítica social nos seus trabalhos, como os muralistas: David Alfaro Siqueiros, José Clemente Orozco e Diego Rivera. Ao lado de Rivera, mas com independência artística, está Frida Kahlo, cuja obra se apresenta repleta de sentimento e dor, sendo ela própria o tema central da sua pintura. Outros artistas de destaque são José Luis Cuevas, Rufino Tamayo e Francisco Toledo.

A arquitetura também desempenhou um papel importante na história. As civilizações mesoamericanas alcançaram um grande desenvolvimento a nível de estilo e o urbanismo teve um grande impulso, de que são exemplo as cidades de Teotihuacan e México-Tenochtitlán. Com a chegada dos espanhóis foram introduzidos novos estilos, como o barroco e o maneirismo, nas catedrais e edifícios; mais tarde seria introduzido o neoclassicismo. Uma das construções mais representativas da modernização é o Palácio das Belas Artes, que reúne a Art Nouveau e a Art Déco. Na arquitetura moderna, podemos destacar Juan O’Gorman e Luis Barragán, cujo trabalho aliou o misticismo religioso à recuperação das raízes nacionais, integrando a natureza na sua obra.

Outra característica fundamental da cultura mexicana é a sua gastronomia, que foi reconhecida como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO a 16 de Novembro de 2010. A gastronomia mexicana reúne ingredientes que datam da época pré-hispânica, como o milho, a malagueta, o cacau, o abacate e o nopal, em conjunto com outros de influência colonial, como as carnes, o arroz e o trigo. As bebidas, como o pulque, a tequila ou o mezcal, também são muito características.

No que se refere à música, e como símbolos de identidade cultural, distinguem-se o "son", a "canción ranchera" e o "mariachi" (que foram divulgados pelo cinema nacional), a música "norteña", de "banda" e o "corrido". O cinema mexicano, promotor fundamental da identidade do mexicano, teve a sua Idade do Ouro entre 1935 e 1958, quando a produção cinematográfica do país era a mais poderosa dos países de língua espanhola. Desta época destacam-se figuras como Dolores del Río, Pedro Armendáriz, María Félix, Pedro Infante, Luis Aguilar, Jorge Negrete, Mario Moreno ("Cantinflas"), Germán Valdés ("Tin Tan") e Joaquín Pardavé.

A Televisa (ou Grupo Televisa) é a principal cadeia mexicana de TV. Formada em 1973, recebeu sua nomenclatura atual a partir da fusão do Telesistema Mexicano com a Televisión Independiente de México. A Televisa hoje é considerada o maior conglomerado de mídia da América Hispânica e a 6ª Maior emissora do Mundo, segundo o site Opinando TV, sendo superada apenas pela American Broadcasting Company, Rede Globo, Columbia Broadcasting System, National Broadcasting Company, British Broadcasting Corporation. A Televisa tornou-se conhecida no mundo inteiro por exportar programas de televisão, em especial telenovelas.  A empresa produz atualmente cerca de 16 telenovelas por ano. Tem como seu concorrente mais próximo a TV Azteca.

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