Em cerimônia inédita na história da Igreja Católica, o papa Francisco canonizou na manhã deste domingo (27) o italiano João XXIII, Angelo Roncalli, e o polonês João Paulo II, Karol Wojtyla. O evento ficou conhecido na imprensa italiana como "o dia dos quatro papas" porque a cerimônia foi concelebrada também pelo papa emérito Bento XVI. Tal união particular de "papas" dificilmente será repetida. Autoridades estimam que três milhões de pessoas estiveram na Praça de São Pedro e nas ruas próximas ao Vaticano.
Na homilia, Francisco enalteceu as biografias dos dois novos santos por "não se terem deixado vencer pelas tragédias do século 20". Para ele, João XXIII e João Paulo II foram "homens corajosos" que não tiveram vergonha dos sofrimentos "dos mais necessitados". "Nestes dois homens contemplativos morava uma esperança e uma alegria invencíveis e gloriosas", disse o pontífice.
O rito da canonização foi realizado logo no início da cerimônia, às 10h20 (5h20 no horário de Brasília). Em seguida, as relíquias dos novos santos foram colocadas à esquerda do altar e Francisco as beijou. A de Karol Wojtyla é uma ampola com sangue que foi levada por Floribeth Mora Diaz, costa-riquenha curada de um aneurisma cerebral em 2011, milagre atribuído à intercessão de João Paulo II. A relíquia de João XXIII é um fragmento de pele retirado na exumação do corpo do santo em 2000. A peça foi aproximada pelos familiares de Roncalli, entre eles o sobrinho-neto Marco Roncalli, autor de uma biografia sobre o novo santo.
Os dias de veneração dos novos santos são o 11 de outubro, para João XXIII, e o 22 de outubro, para João Paulo II. O dia 11 de outubro foi o dia em que João XXIII inaugurou o Concilio Vaticano II em 1962. Já, em 22 de outubro de 1978, João Paulo II começou oficialmente o seu pontificado.
O 27 de abril foi o dia escolhido para as canonizações de João XXIII e João Paulo II porque a data caiu este ano no primeiro domingo depois da Páscoa, proclamado por Karol Wojtyla, em 2000, como o "Domingo da Divina Misericórdia". Foi na véspera de um domingo como esse que faleceu o papa polonês, em 2 de abril de 2005.
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