O documentarista e jornalista norte-americano Saul Landau morreu aos 77
anos, segundo comunicado da organização IPS (Institute for Policy
Studies)--um "think tank" progressista do qual ele era membro-- e de seu
filho, Greg Landau, no site oficial do cineasta.
Ele venceu um prêmio Emmy pelo filme "Paul Jacobs and the Nuclear Gang"
(Paul Jacobs e a gangue nuclear, em tradução livre), dirigido em
conjunto com Jack Willis, sobre os efeitos de um teste de uma bomba
atômica conduzido em 1950 pelos Estados Unidos em Nevada.
O cineasta realizou mais de 50 obras ao longo de sua carreira, muitas
com foco na América Latina, sobretudo Cuba e Argentina --focando também o
Brasil, com "Brasil: Um Relato de Tortura" codirigido por Haskell
Wexler.
O filme mostra entrevistas com o grupo de 70 exilados que acabavam de
chegar ao Chile, em 1970, em troca do embaixador suíço Giovanni Enrico. A
produção de uma hora mostra relatos e encenações detalhadas das
técnicas de tortura praticadas na ditadura militar feitos por militantes
recém-libertados.
Sobre Cuba, sua obra mais famosa foi "Fidel", um documentário de 1968
para o canal norte-americano PBS no qual ele acompanhou o líder cubano
por uma jornada de uma semana pelo país.
Além da produção de documentários, Landau foi professor e escreveu 14 livros, além de contribuir para o site Huffington Post.
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