Convite para noites de leitura de obras selecionadas, de clássicos
internacionais a contemporâneos brasileiros, na interpretação de
personalidades literárias e artísticas. A partir de textos selecionados
pelos leitores convidados, dentre os autores e obras de sua preferência,
às vezes de escritos de sua própria autoria. Um livro. Um leitor. Uma
relação milenar de interdependência em que um não existe sem o outro.
Uma soma em que os resultados são infinitos, e sempre maiores que 2.
Ana de Hollanda lê Sérgio Buarque de Hollanda
Ana de Hollanda lê Sérgio Buarque de Hollanda
Quando se comemora oitenta anos da publicação de Raízes do Brasil
que, ao analisar a formação do nosso povo, apresentou a visão do até
hoje incompreendido Homem Cordial, constato o quanto ele continua atual.
Esse homem primitivo da família patriarcal age movido pela emoção -
cor, cordis - sentimentos nem sempre generosos quando não se trata dos
seus próximos.
Em tempos de uso de verba publica, de máquina pública e do poder de
influência para beneficiar os seus, mais do que nunca é a hora de
voltarmos a refletir sobre esse brasileiro que continua resistindo o
distinguir o público do privado.
Ana de Hollanda cresceu em um fértil ambiente artístico e intelectual da segunda metade do século XX.
Filha
do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, conviveu com a nata cultural
daquele período na casa dos pais, como também através dos contatos que
foi adquirindo por conta própria, pela vida afora.
Cantora e compositora
com quatro discos autorais, além de participações em obras de outros
artistas, Ana lidou também com outras atividades como atriz, dramaturga,
produtora, e desenvolveu diversos trabalhos nas áreas cinematográfica,
editorial e de artes visuais.
Foi diretora do setor de música do Centro
Cultural São Paulo, Secretária de Cultura do Município de Osasco,
Diretora do Centro de Música da Funarte, onde respondia pela política
para a música no MinC, Vice-presidente do Museu da Imagem e do Som do
Rio de Janeiro, até ser convidada por Dilma Rousseff para assumir o
próprio Ministério da Cultura do Brasil, nos anos de 2011 e 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário