segunda-feira, 14 de julho de 2014

MEMÓRIA: MAYA ANGELOU

A poeta e ativista Maya Angelou participa da Convenção Nacional do Partido Democrata em Boston em 27 de julho de 2004 (Foto: Gary Hershorn/Reuters)A poeta e ativista Maya Angelou participa da Convenção Nacional do Partido Democrata em Boston em 27 de julho de 2004 (Foto: Gary Hershorn/Reuters)



 Maya Angelou nasceu em St. Louis, Missouri, nos EUA. Ela também trabalhou como cantora, dançarina, atriz, dramaturga e compositora. A artista ganhou o Grammy e outros prêmios em diversas áreas artísticas. Ela teve uma infância pobre, na época de alta segregação racial nos EUA. Ainda aos 17 anos, ela se formou na escola e teve um filho, Guy. Nesta época, começou a trabalhar e foi a primeira motorista negra em San Francisco, segundo o Poetry Foundation.

Como escritora, sua obra tem forte marca autobiográfica. Maya foi aclamada já em seu primeiro livro, a autobiografia "I know why the caged bird sings" (1969), que fez dela uma das primeiras escritoras negras a ter um best-seller nos Estados Unidos.

Na obra, ela se lembra de que, quando tinha apenas sete anos de idade, foi estuprada pelo namorado da mãe. O homem acabou sendo morto pelos tios de Maya, que se sentiu responsável pelo desfecho do episódio e passou os próximos cinco anos sem falar qualquer palavra.
A poeta Maya Angelou recebe Presidential Medal of Freedom, a mais alta condecoração civil americana, das mãos de Barack Obama, na Casa Branca, em cerimônia no dia 15 de fevereiro de 2011 (Foto: Larry Downing/Reuters)Maya Angelou recebe a Presidential Medal of
Freedom das mãos de Barack Obama (Foto: Larry Downing/Reuters)


 Maya Angelou fez parte do comitê de dois presidentes dos Estados Unidos: Gerald Ford em 1975 e Jimmy Carter em 1977. Em 2000, ela recebeu a Medalha Nacional das Artes do então presidente do país, Bill Clinton. Em 2010, foi recebeu, das mãos do presidente dos EUA, Barack Obama, a mais alta condecoração civil americana, a "Presidential Medal of Freedom".

Em seu discurso na cerimônia, Obama afirmou: "Com sua poesia ascendente, sua prosa elevada e seu domínio de diversas formas de arte, a doutora Angelou falou à consciência da nossa nação. Suas palavras comoventes nos ensinaram como alcançar [o que queremos] mesmo em meio ao separatismo e honraram a beleza de nosso mundo".

No início de sua fala, Obama lembrou-se da história trágica de Maya e de como a autora foi uma influência em sua família. "Quando era uma garotinha, Marguerite Ann Johnson sofreu trauma e abuso, que a levaram a ficar muda", afirmou. "Mas, como performer, e finalmente como escritora, poeta, Maya Angelou encontrou a sua voz própria. É uma voz que falou a milhões, incluindo minha mãe, e esse é o motivo pelo qual minha irmã recebeu o nome de Maya."

Maya morreu em maio deste ano, aos 86 anos.

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