Participar da seleção brasileira de futebol, depois de 100 anos de futebol brasileiro, assento em todas as edições da Copa do Mundo e 5 títulos mundiais é como ganhar uma herança de valor incalculável.
Um legado.
Uma garantia de entrada para a história e de carreira bem sucedida.
Quem conquista o direito de participar da seleção brasileira não pode ter um apagão como o que acometeu os jogadores brasileiros na disputa pela final da Copa 2014 hoje contra a Alemanha.
Uma derrota no esporte faz parte do jogo.
Uma derrota por 7 a 1 jogando em casa depois de 64 anos é inaceitável.
Porque uma derrota e um apagão como estes mostram que estes jogadores não receberam a referência social, histórica, cultural do que representa a seleção brasileira de futebol, no Brasil e no mundo.
Torcer e empurrar os jogadores quando está tudo bem e vaiar quando a coisa anda mal mostra que precisamos nos educar.
Vaiar os adversários quando estes entram em campo, vaiar como aconteceu com o Hino do Chile e depois aplaudir a força da seleção alemã também mostra que precisamos nos educar. E que também temos sentimentos atordoados e dúbios.
Educação para a vida em comunidade, para as decisões pessoais, para as escolhas, educação para enxergarmos e entendermos definitivamente o conhecimento do passado, o respeito ao passado para termos alguma autonomia e planejamento no futuro.
Erguer a cabeça, desafiar o destino e honrar a camisa é o que esperamos de qualquer jogador escalado para a seleção brasileira, ainda mais numa Copa do Mundo. Ainda mais numa Copa do Mundo no Brasil.
O futuro vai avaliar onde podemos mudar na tática, estratégia e no conceito de preparação de atletas para este espetáculo fantástico do esporte e que mobiliza bilhões de pessoas.
O futuro pede menos empolgação e mais preparo. O futuro pede um pouco de inteligência emocional. O futuro pede foco e concentração, nos esportes e na vida.
O futuro pede educação, preparo para o conhecimento da história, planejamento e aprendizado com vitórias e derrotas.
Conhecer a fundo o adversário é uma das maiores armas que a história do homem nos mostra.
Aldo Moraes
Músico e escritor; moderador deste blog
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