O blog Arte Brasil tem a grata satisfação de conversar com o músico, pesquisador e educador Jorgisnei Rezende que fala sobre sua atuação na educação, cultura e esportes e relevantes projetos com dimensão nacional.
Formado em Música pela Universidade Estadual de Londrina, ele tem seu nome fortemente ligado à educação musical e à pesquisa como o excelente livro em que biografa o Maestro Othônio Benvenutto.
a) Prezado Jorgisnei Rezende é um prazer ter você no blog Arte Brasil. Conte um pouco sobre sua infância e seu inicio na música
Nasci e cresci na Região Leste de Londrina, em uma época onde as ruas espalhavam poeira pelos ares e o verde das plantações fazia parte do cenário, porém, nesse tempo longínquo, lembro que da noite para o dia aquele cenário ficou repleto de “cadáveres” de pés de café, vitimados pela geada negra que praticamente dizimou aquele “ouro verde” que tanto contribuiu para o crescimento vertiginoso de Londrina.
Aos poucos aqueles terrenos castigados foram sendo ocupados por pessoas, que vieram também plantar seus sonhos naquela região e havia também um pequeno terreno “abandonado”, mas de certa forma generoso, que acolhia os sonhos de muitos garotos, entre eles os meus, de se tornarem jogadores de futebol.
Cresci com esse ideal e cheguei a treinar no Londrina até os 19 anos, quando uma lesão séria no meu joelho acabou sepultando qualquer possibilidade de continuar alimentando aquela ambição. Era uma época em que eu ajudava meu pai e inclusive estava sem estudar, com o Ensino Fundamental incompleto.
Estando a situação apertada, comecei a trabalhar em uma metalúrgica como ajudante geral e resolvi fazer do estudo um parceiro das minhas lutas e ele nunca mais me abandonou. Quando falo para os meus alunos sobre a importância da educação, falo com propriedade, pois foi através dela que percebi que o mundo é muito mais do que se vê e se pensa e o futuro almejado é uma conquista que se constrói a cada dia de vida através da perseverança.
Em relação à música, posso dizer que não tive uma iniciação musical formal na infância, mas é importante destacar que as sonoridades sempre me encantaram, desde os sons da natureza até outros sons presentes no cotidiano, alguns marcantes como o timbre de tenor do meu pai que cantava músicas do Nelson Gonçalves, Orlando Silva e outros. Lembro não só de sua voz, mas também da emoção com que cantava. Minha mãe também vivia cantarolando e relatava muitas histórias da sua juventude, de seus textos criativos que encenava com um “grupo de teatro” na rua e de quando ia com suas irmãs para participarem cantando em programas de auditório da Rádio Londrina. Em casa, um repertório diversificado “jorrava” de uma radiola antiga e de certa forma, isso também contribuiu para ampliar a minha sensibilidade musical.
Enalteço muito meus pais, pois apesar das inúmeras dificuldades, se permitiram participar do Coral da Universidade Estadual de Londrina, que era regido pelo Maestro Othonio Benvenuto. Esse fato também marcou a minha infância, pois comecei a vê-los também como artistas, pois participavam de apresentações, festivais e participaram até da gravação de um LP com o coral e ali talvez comecei a ter a percepção do quanto a música é valiosa na vida das pessoas e o quanto pode transformar vidas.
Com certeza todo esse conjunto de coisas contribuiu para a minha opção pela área musical no futuro e incorporou mais sensibilidade à minha visão de mundo.
b) Você fez licenciatura em música na Universidade Estadual de Londrina, no Paraná. Fale um pouco da experiência na área acadêmica.
Eu fiz parte da primeira turma de Licenciatura em música da UEL, em 1993. Naquela época, eu cantava em um coro amador, o Madrigal de Londrina, regido pelo Maestro Othonio Benvenuto e trabalhava em uma loja de calçados como digitador e realizava outros trabalhos extras nessa área, que ajudavam nas despesas de casa.
Diante daquela realidade, trabalhar com música ainda era algo distante e acabei entrando no curso sem saber o que esperar dele, mas algo me impelia estar ali. Sentia necessidade de emanar coisas boas para a sociedade e intuí que a música poderia me ajudar a pavimentar esse caminho.
Nesse sentido, algo determinante ocorreu no segundo ano do curso, quando em uma “despretensiosa” aula de História da Música, com a professora Janete El Haouli, ouvi falar pela primeira vez sobre etnomusicologia e à medida que ela apresentava também os exemplos sonoros, senti despertar um interesse muito grande em conhecer mais sobre aquele assunto.
Na mesma semana, atendendo à grata “provocação” da professora, me vinculei ao Núcleo de Música Contemporânea, que era coordenado por ela e de grande relevância para aquele meio acadêmico. Ali desenvolvi estudos teóricos que me motivaram a realizar um trabalho de campo com os índios kaingangs e seu universo sonoro.
Esse desejo se transformou em um projeto interdisciplinar que contou também com participação da professora Kimiye Tomasino, doutora em antropologia indígena e professora da UEL e essa soma de esforços culminou em um material didático que foi distribuído nas escolas bilíngues kaingangs de São Paulo e Estados do Sul do Brasil.
Considero importante esse relato, pois essa experiência ampliou e trouxe novas nuances para a minha visão sobre a música e também sobre a educação musical, pois eu tinha a opção de passar pelo curso e seus conteúdos (que não eram poucos) e seguir adiante, mas percebi que além disso, eu deveria promover esse enriquecimento para a minha vida, mesmo naquele momento tão intenso.
Nos anos finais do curso comecei a atuar como professor/regente de coral trabalhando com funcionários de uma empresa e tinha como objetivo, além dos conteúdos musicais, a geração coletiva de bem estar e elevação da auto estima dos participantes. Era um trabalho modesto, sem grande renda, mas a alegria daquelas pessoas era computada como um ganho para a minha vida também, e isso me motivava.
À medida que as demandas surgiam, sempre busquei me capacitar para atendê-las da melhor maneira e foi assim que cursei uma especialização em Educação Especial em 2007, depois de trabalhar com música na APAE de Ibiporã e perceber o quanto poderia contribuir com essa área através da minha formação musical, mas faço questão de ressaltar que atuar na Educação Especial é uma eterna aprendizagem.
Anos mais tarde, cursei outra especialização, só que em Gestão Escolar, e ocorreu em um período onde já estava atuando na equipe de gestão de um Colégio Estadual, e segui o principio de buscar no meio acadêmico a complementação dos conhecimentos necessários para melhor exercer aquele papel na escola, visando também contribuir com a sociedade, até porquê, tirando a pós da Educação Especial, toda minha formação desde a educação básica, ocorreu em instituições públicas e sempre me senti compromissado com isso, de retribuir essas oportunidades compartilhando o que aprendi, principalmente para pessoas expostas à vulnerabilidade social.
Depois, ainda no ambiente escolar, tive a oportunidade de integrar o PIBID (Programa de Iniciação à docência), onde jovens acadêmicos do Curso de Música da UEL iam ao Colégio para conhecerem a realidade do contexto escolar e desenvolverem projetos que não só beneficiavam os alunos do Colégio, mas também agregava uma rica experiência na formação deles, para futura docência.
c) Como você enxerga a importância da educação musical nas escolas públicas e por meio dos projetos culturais que ganharam inclusive importância social em vários cantos do Brasil?
Considero de grande importância a existência da educação musical nas escolas desde as séries iniciais, pois é uma fase onde as crianças demonstram uma maior espontaneidade para cantarem, dançarem, explorarem as sonoridades dos objetos e vivenciarem essas experiências com maior intensidade, sem bloqueios e exercitando a musicalidade em sua essência.
Para isso, creio que deveriam existir políticas que incrementassem a formação de um número maior de professores de música para atenderem essas demandas, pois a Educação Musical é algo sério e não pode ser tratada como passatempo e lazer, apesar do caráter lúdico em muitas atividades.
É claro que as necessidades vão além dos recursos humanos, pois na maioria das escolas faltam espaços físicos adequados e instrumentalizados para a prática da educação musical.
Mas enquanto isso não acontece, o que podemos fazer? Infelizmente, nem todas as regiões do nosso país possuem um Curso de Música excelente como o da UEL e que tenho tido a oportunidade de presenciar a atuação dos estagiários do referido curso em algumas das minhas turmas de Arte, no Ensino Fundamental.
Equipados com instrumentais diversificados e metodologias inovadoras, não produzem somente sonoridades com os alunos, mas conseguem fazer com que seus rostinhos expressem alegria no olhar e confiança de que são capazes de ir além do que acreditam através da música.
Bem, existem fartos estudos que discorrem sobre a importância da música no processo da formação de um indivíduo e creio não haver dúvidas sobre isso, mas chamo a atenção para algumas consequências da ausência da educação musical na vida desses jovens.
Por exemplo, sempre realizo uma sondagem nas minhas aulas de arte sobre o gosto musical dos alunos e pergunto também se existe a vontade de aprenderem tocar algum instrumento ou cantarem e é espantoso como muitos manifestam o sonho de aprenderem tocar violão, bateria, flauta, teclado, violino, cantar etc Ou seja, existe essa vontade de interagirem com a música de alguma maneira, que vai além da escuta, mas acaba sendo um desejo reprimido por várias circunstâncias.
Interessante que muitos utilizam o verbo “sonhar” para expressarem esse desejo e muitas vezes são sonhos que os acompanham a vida inteira e acabam não se concretizando, tanto que não é raro encontrarmos adultos que manifestam certa frustração por nunca terem conseguido aprender a tocar um instrumento e até se convencem de que aquilo não seria para eles.
Me sirvo desse cenário, para enaltecer a importância dos projetos culturais espalhados por esse Brasil imenso, pois de certa forma preenchem essa lacuna deixada pela ausência da educação musical no espaço escolar e também contribuem para a manutenção, resgate e fruição dos riquíssimos bens culturais existentes nas diversas regiões brasileiras.
Um sinal dessa importância está no fato de que em vários momentos, a Escola recorre aos projetos sociais para realizarem apresentações para os seus alunos, dentro de um contexto de prática pedagógica. Muitas vezes também, o projeto está inserido dentro da comunidade local e ajuda a acompanhar a vida escolar do aluno, se tornando mais uma voz nessa nobre missão de ajudar esse educando em sua trajetória acadêmica e de vida.
Essa integração se mostra importante, embora se deva ressaltar que uma continuidade sempre dependerá do “fôlego” das pessoas idealistas e abnegadas envolvidas e que às vezes, com recursos limitados, conseguem fazer “milagres” e diferença na vida de muitos jovens. Cito como exemplo o inspirador projeto “Batuque na Caixa”, do meu amigo Aldo Moraes, que há mais de 20 anos está presente na vida de milhares de jovens de Londrina e mantém essas chama viva com muita garra. Que ela nunca se apague, assim com a de outros relevantes projetos culturais existentes em nosso país.
d) Você fundou e coordenou o importante projeto (de musicalização desenvolvido dentro da ONG) Sentinelas de Londrina. Como foi o inicio e o trabalho com as crianças?
Em cada local onde tive a oportunidade de desenvolver um trabalho com música, existia a confiança na minha capacidade de contribuir com algo. Nessas ocasiões, sempre me vi como um visitante descendo em uma estação, com coisas na bagagem para oferecer, mas também ansioso para receber novos conhecimentos das pessoas, além de seus anseios.
Assim ocorreu com o Projeto Musicalização na Escola. De certa forma já conhecia a realidade da região, pois ali nasci e cresci e sabia da grande vulnerabilidade social existente e como isso refletia no contexto escolar e isso me impulsionou a querer trabalhar com aquelas crianças.
Com o projeto escrito, tive a oportunidade de apresentá-lo para uma ONG (Sentinelas de Londrina) que era constituída por empresários e profissionais liberais que objetivavam prestar assistência para famílias que conviviam com a extrema pobreza da Região Leste de Londrina.
Essa ONG foi um grande achado, pois eram pessoas desprovidas de qualquer interesse pessoal em se promover e tive total autonomia de direcionar o trabalho visando o protagonismo de cada aluno envolvido e respeitando o tempo de cada um. Nesse sentido, como contrapartida, tive o cuidado de realizar um relatório mensal de todo esse processo, não só com as atividades desenvolvidas a cada mês, mas também sobre os resultados, as dificuldades, seus enfrentamentos e superações. Essa transparência contribuiu para fortalecer um vínculo de confiança, que acabou se eternizando com laços de amizades.
Os recursos eram modestos, porém o suficiente para viabilizar o necessário para a realização das atividades de musicalização que ocorriam no contra turno, no período matutino e vespertino.
Importante ressaltar que foi um trabalho que começou do zero e só foi possível também pela parceria com o Colégio Ana Molina Garcia, que disponibilizou o espaço físico e auxiliou no contato com os alunos e as famílias. Aquele espaço acabou transformado em uma Escola Oficina de Música para os alunos.
Com o apoio da comunidade escolar o projeto se consolidou e foi extraordinário o que conseguimos realizar durante os 6 anos de existência. No início as atividades estavam mais voltadas para a sensibilização musical, tendo a música como um “meio” para se construir valores, mas naturalmente, com o crescimento qualitativo do grupo, a preparação das músicas atingiu um outro patamar de exigência para os alunos mais antigos e o processo de musicalização passou a ocorrer principalmente pela prática coral, resultando na gravação de 3 CDs e em inúmeras apresentações em Londrina e outras cidades do Paraná.
Foi uma experiência rica para todos os envolvidos, de grande intensidade e de muitas aprendizagens. Tenho orgulho de ter feito parte dessa história que beneficiou inúmeras crianças, suas famílias e o Colégio Ana Molina Garcia.
e) Quais desafios e conquistas você vivenciou no trabalho do Sentinelas de Londrina?
Bem, sempre existirão pequenos e grandes desafios quando se propõe a participar efetivamente do processo de formação de alguém, principalmente com um grupo tão heterogêneo quanto aquele, onde muitas crianças e respectivas famílias nem tinham ideia do que serviria a musicalização para a vida delas.
Então o primeiro desafio foi tentar preservar a essência do projeto de musicalização, para que a educação musical ocorresse efetivamente, pois no início se passava a ideia de que aquela era apenas uma ação voltada para tirar as crianças das ruas e prestar assistência às famílias dos alunos.
Eu sabia que a identidade musical do projeto dependeria do meu direcionamento e que deveria ser esculpido no tempo, desde o cuidado com a escolha do repertório, no trato das angústias diárias dos alunos e outras situações imprevisíveis que requeriam sensibilidade para saber priorizar o que seria mais importante em cada momento. Creio que tudo isso contribuiu para a consolidação crescente de um sentimento de pertencimento, que tenho certeza, se mantém até os dias de hoje nas lembranças de muitos ex-alunos.
Com esses cuidados a motivação, a confiança e a auto estima foram florescendo e creio que foi possível desenvolver, dentro do possível, um trabalho de qualidade na educação musical daqueles alunos.
As conquistas são proporcionais aos desafios superados e tenho muito o que me orgulhar do que aquele grupo foi capaz de realizar. A vida não era fácil para ninguém, mas tínhamos motivos para confiar que conseguiríamos vencer os desafios, pois tínhamos uns aos outros.
Essa força do grupo foi uma grande conquista e isso favoreceu muito o nosso trabalho. E quando falo do grupo, me refiro a todas as pessoas que estavam envolvidas, desde os alunos, as famílias, a direção do colégio, os mantenedores da ONG e faço aqui uma menção especial para o seu presidente, o Dr. Elezer da Silva Nantes (in memorian) e ao Sr. Otávio Scandelae, que com suas respectivas famílias, tornaram-se grandes entusiastas do nosso trabalho e grandes amigos e parceiros dos sonhos concretizados naquele período.
Creio que para o Colégio, o projeto também foi uma conquista, pois as ações desenvolvidas contribuíram para ajudar a amenizar um pouco do estigma negativo que sempre esteve ligado à imagem da instituição. Felizmente, com o tempo, passou a ser motivo de orgulho para aquela comunidade escolar, dando mostras que o projeto conseguiu cumprir seus objetivos.
Para mim, um sentimento de grande satisfação, pois participar dos sonhos daquelas pessoas, me permitiu viver parte dos meus sonhos.
f) O músico, professor e pesquisador Tiago Mayer desenvolveu um trabalho acadêmico sobre o projeto Sentinelas de Londrina. Como foi rever a trajetória deste trabalho e colaborar com a pesquisa?
Foi uma grata surpresa esse interesse do Tiago Mayer, grande músico, professor e pesquisador e que me deu a oportunidade de retomar aquelas gratas lembranças, que de certa forma ainda se mantinham frescas na minha memória e no meu coração.
Quando entrou em contato comigo pela primeira vez, o projeto não existia mais e até por conta da rotina intensa com aulas e outros projetos, ainda não tinha conseguido fazer um “estranhamento” sobre tudo o que havia ocorrido durante o Projeto de Musicalização e esse olhar externo lançado pelo Tiago, com fundamentação teórica e outros aspectos, agregou mais valor aos resultados alcançados durante os trabalhos.
Sempre fui muito intuitivo nas minhas ações, pois diante das necessidades dos alunos, muitas vezes tive que me reinventar e com a confiança e empenho de todos, conseguíamos alcançar os resultados e por isso, foi importante a leitura que o Tiago fez sobre o trabalho, pois ele captou a essência da proposta e do educador e acreditou e me convenceu que seria um trabalho que valeria a pena ser compartilhado. Me sinto lisonjeado por seu interesse, que valoriza não só o meu trabalho, mas também a capacidade de realização de todos os alunos durante o projeto e que marcou aquela fase da vida deles.
g) Jorgisnei, o que você faz atualmente?
Atualmente leciono na Rede Estadual de Ensino do Paraná, onde atuo como professor de Arte, com turmas do Ensino Fundamental e Médio, no Colégio Ana Molina Garcia.
Atuo também na Educação Especial, onde desde 2017 atendo alunos com Altas Habilidades e Superdotação, na Sala de Recursos do Colégio Vicente Rijo, onde funciona também o NAAH/S (Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação).
E continuo me encantando com todos os alunos que me instigam a buscar o meu melhor para contribuir com suas necessidades educacionais.
h) Agradecemos a gentileza da entrevista. Deixamos o espaço aberto para que você mande um recado aos nossos leitores:
Agradeço imensamente a oportunidade de falar um pouco do meu trabalho, das minhas realizações e da importância que a educação musical teve na vida das crianças que participaram do Projeto de Musicalização.
Ações como as minhas ocorrem no Brasil todo e muitas vezes parecem invisíveis, pois não percebemos a importância de termos uma proximidade maior com esses trabalhos, não só para usufruir dos resultados, mas também para ajudar a construí-los.
Quem sabe um dia possamos ter políticas que permitam nossas crianças terem acesso à uma educação musical de qualidade nas escolas e que os projetos culturais sérios tenham condições de manterem seus trabalhos, que de alguma maneira já demonstraram o quanto podem ser significativos e úteis para uma sociedade melhor.
O jornalista Aldo Moraes (MTB 0010993/PR) entrevistou Jorgisnei Rezende
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