terça-feira, 7 de abril de 2020

MPB PERDE SERGINHO TROMBONE


Serginho Trombone, um dos instrumentistas mais importantes da MPB que se faz desde os anos 1970, morreu nessa terça (7), vítima de uma parada cardiorrespiratória.

O trombone de Serginho esteve em gravações fundamentais de artistas e grupos importantes. Começou praticamente com Dom Salvador e o grupo Abolição, com quem dizia “aprender a tocar de tudo.” Passou anos ao lado de Tim Maia, incluindo a fase mística em que foi obrigado a pintar seu instrumento de amarelo por causa das crenças de Tim.

Frejat, do Barão Vermelho, foi um grande amigo, o único que lhe concedeu a dignidade de ter um álbum seu. Ele já havia lançado um em 1992, mas acabou sendo mal produzido. Frejat lançou, em 2018, Tromboneando, com temas próprios. A amizade vinha dos tempos de Barão Vermelho, quando Serginho colocou seu trombone a serviço do grupo. Um dos arranjos que ele mais se orgulhava de ter feito era o de metais que o Barão gravou em 1996 para Vem Quente que Estou Fervendo, original de Erasmo Carlos, de 1967.

Ao lado de Jorge Ben Jor, Serginho também fez gravações clássicas. Em 1990, quando Jorge Ben amargava um sumiço das mídias, a música W/Brasil, com o arranjo todo escrito por ele, o fez explodir como nos bons tempos dos anos 1960. A lista sem fim inclui Gilberto Gil, Rita Lee, Sidney Magal, Luiz Melodia, Alcione, Ed Motta, Antônio Adolfo, Lenine, Sandra de Sá e Lincoln Olivetti, que Serginho morreu considerando seu maior professor.

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