Importante nome da literatura portuguesa, a escritora estará na
Bahia de 20 a 22 de setembro, para fazer palestras na UEFS, em Feira de
Santana, e na Academia de Letras da Bahia, em Salvador, onde lançará o seu novo
romance editado no Brasil pela editora Oficina Raquel, do Rio de janeiro. O
romance, muito elogiado pela crítica, em Portugal, tem como contextos a antiga
e a moderna cidade de Lisboa, envolvendo as artes visuais e as questões
políticas. A história dos personagens Paulo e Cecília termina no Brasil, como um destino
A
Cidade de Ulisses
Teolinda
Gersão
Editora
Oficina
254
páginas
R$ 49,90
Teolinda Gersão, uma das mais importantes contistas e
romancistas da literatura portuguesa contemporânea, lança no Brasil ‘A Cidade
de Ulisses’, pela Editora Oficina Raquel. A escritora chega ao Brasil no dia 16
de setembro, será recebida pelos imortais na Academia Brasileira de Letras
(ABL) e cumprirá uma agenda de palestras e lançamentos do livro em São Paulo,
Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Petrópolis e no Rio de Janeiro.
‘A Cidade de Ulisses’ é uma história de amor entre os personagens Paulo Vaz e Cecília Branco que
entrecruza com episódios da História de Portugal e o universo das artes visuais.
No centro de tudo está Lisboa, cidade que motiva uma narrativa mítica, assim
como a origem do título do romance, inspirada na lenda que Lisboa foi fundada
por Ulisses ‒ personagem de Homero, protagonista da Odisseia ‒, durante sua viagem de volta para Ítaca e seu grande
amor, Penélope.
O acadêmico Antônio Torres comemora a edição do livro. “Finalmente
chega ao Brasil um dos mais belos exemplos do alto nível que vem atingindo a
literatura portuguesa contemporânea, na qual Teolinda Gersão se destaca como
uma de suas vozes mais encantadoras. Em A
Cidade de Ulisses ela nos conduz prazerosamente por uma Lisboa reinventada,
enquanto nos conta uma comovente história de amor, que nos arrebata pela sua
escrita primorosa, fascinante.”
No contexto das
ligações do casal, a escritora aborda problemáticas das relações humanas: o
amor, a liberdade, a identidade, a opressão, a criatividade, entre outros.
Paulo Vaz, artista plástico, é convidado a fazer uma exposição sobre Lisboa e esse
convite o faz recordar de Cecília com quem viveu um grande amor nos anos de
1980.
O texto segue até os dias atuais e examina as dificuldades que Portugal vem enfrentando nas
últimas décadas, os vícios cometidos pelas elites históricas portuguesas e pelas
atuais elites financeiras internacionais, revisitando uma Lisboa antiga e
moderna. As ideias de corrupção e de incompetência dos governantes fluem no
curso do livro.
Há, entretanto, uma mensagem implícita
à narrativa, de confiança nas criatividades artística, humana e técnica para
resolver os problemas atuais da sociedade portuguesa e das pessoas de modo
geral. O livro deixa uma mensagem de esperança
nesta era de incertezas.
“De toda a obra da Teolinda, optamos
por editar ‘A
Cidade de Ulisses’ porque reconhecemos no romance uma marca de universalidade. Além
de Portugal, o livro é sucesso na Itália e nos Estados Unidos. E nós
brasileiros ainda desenvolvemos essa estreita relação com Lisboa, explica
Raquel Menezes, editora da Oficina Raquel.
A escritora acredita
que ‘A cidade de Ulisses’ encontrará no leitor brasileiro um
leitor especial. E o romance se conclui exatamente em terras brasileiras.
A edição de ‘A Cidade de Ulisses’ publicada
no Brasil é apresentada no português de Portugal e não segue o acordo
ortográfico, Teolinda Gersão se posiciona contrariamente à universalização da
escrita da língua portuguesa.
O
escritor e acadêmico da ALB, Aleilton Fonseca, que vai acompanhar a autora na
Bahia, destaca: “É um romance que revela facetas e relíquias da cidade de
Lisboa, proporcionando uma leitura cativante, pelo enredo e pelas personagens,
com grande conteúdo cultural, ao retomar o mito de Ulisses como
uma alegoria da fundação da capital portuguesa.
TEOLINDA GERSÃO
A obra de Teolinda Gersão é consagrada em Portugal - onde tem marcado
o panorama literário nos últimos 35 anos - e no estrangeiro, com livros
traduzidos para onze línguas. Alguns críticos enxergam similitude literária de
Teolinda com a escrita de José Saramago, no tom coloquial, que transparece em
frases populares e provérbios que utiliza nas suas narrativas, aproximando o
escritor do leitor.
Teolinda foi professora na Faculdade de Letras e depois na
Universidade Nova, ambas em Lisboa, na cadeira de Literatura Alemã e Literatura
Comparada, até 1995. Estudou na Alemanha e também viveu no Brasil. Recebeu
vários Prêmios Literários, entre eles Grande Prêmio de Romance e Novela da APE (1995),
Prêmio de Ficção do Pen Club (1981 e 1989), Prêmio Fernando Namora (1999) e
Prêmio Vergílio Ferreira (2016).
A autora publicou Prantos, amores e
outros desvarios (2016), Passagens (2014),
As águas livres (2013), A
cidade de Ulisses (2011), A mulher que prendeu a chuva (2007),
Histórias
de ver e andar (2003), O mensageiro e outras histórias com anjos (2003), Os
teclados & três histórias com anjos (2012), Os
anjos (2000),
Os
teclados (1999), A árvore das palavras (1997), A
casa da cabeça de cavalo (1995), O cavalo de sol (1989),
Os
guarda-chuvas cintilantes (1984), História do homem na gaiola e do pássaro
encarnado (1982), Paisagem com mulher e mar ao fundo (1982)
e O
silêncio (1981).
EDITORA OFICINA RAQUEL
A Oficina edita textos de relevância literária. O
catálogo da editora reúne obras de diversos segmentos: poesia, conto, crônica,
romance, dramaturgia, ensaio acadêmico e infantil. A literatura portuguesa é
uma das grandes apostas da editora, com a publicação de autores consagrados e
novos autores já reconhecidos em Portugal. Entre eles estão Frederico Lourenço,
Mário Cláudio, Maria Teresa Horta e Manuel de Freitas.
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