Algumas questões…por Cínthia Cortegoso |
cinthiacortegoso@gmail.com
De
Londrina-PR
Se
só gosto da cor verde, o que será das outras cores? Quando me defino com uma
nacionalidade como me sinto ao desembarcar em terras longínquas e com tanta
história conquistada, com sua cultura que me recepciona fraterna e
carinhosamente? E se prefiro não compreender ou não aceitar os outros diversos
mundos? Se escolho valorizar mais minhas dores e proezas? Quando paro para
pensar e desejo mais o passado ou o futuro? Se fecho os olhos para os
acontecimentos alheios? Quando delimito minhas capacidades, o que alcanço?
Quantas
questões ainda podem ser apontadas e melhoradas no modo de viver. É necessário
aprendizado, crescimento, é imprescindível querer crescer. Nosso quintal é o
campo imensurável e o teto é o infinito céu. Por que limitarmo-nos se nem o
tempo nos encerra? Simplesmente cumprimos etapas e quando pensamos morrer
renascemos mais uma vez. Quando me defino de uma pátria, minhas reminiscências
me familiarizam com tantas outras terras distantes e também de fronteiras
próximas. Somos universais e não de um limitado pedaço de terra num pequenino
planeta pertencente ao espaço universal.
Quando
valorizo excessivamente minhas conquistas e dores, ao ler os livros sobre
história, literatura, ciências e registro dos grandes feitos até agora, não é
que o que já vivi não seja importante, mas diante de tantos relevantes
acontecimentos e personalidades, sou bem mais aluna primária diante dos doutores
da vida. No entanto, minha vivência em melhorar, quiçá me trará o progresso
essencial.
E
se, ao contrário, defino-me incapaz, quando saberei o que posso conquistar? O
meu mundo é do tamanho do meu olhar. Tanto para mim quanto para outrem devem ser
ofertados o carinho e a credibilidade ensinando que todo coração
bem-intencionado terá sua atitude reconhecida. E todos alcançarão, somos
eternidade e luz.
Algo
muito importante a ser definido é não definir-se em nada, nem no tempo, nem
espaço, nem no amor, nem na vida, já que tudo é constante e todos possuem as
oportunidades universais concedidas.
Se
prefiro a cor verde é porque as outras cores existem, e se digo preferir esta
cor é também por mania de ter de escolher alguma coisa entre outras. Mas se
posso gostar de todas as cores, pois todas existem, tão mais completa ficará a
visão acrescentada.
Como
posso dizer que algo termina ou inicia, é bom ou não, é mais triste que feliz?
Sinceramente, não posso, analisando que cada um está num estágio diferenciado. A
atitude ainda cruel pode ser a melhor conseguida até agora para alguém, assim
como minha boa ação pode ser comum a pessoas já enobrecidas.
Se
muito pouco sei, então, que o melhor diante disso é não moldar o mundo, nem
delimitar a vida se quase nada sei. O admirável a ser feito é angariar
conhecimento e pôr em prática o capítulo de “Conhece-te a ti mesmo”, acredito
que isso será um provável bom andamento.
E
sobre uma definida, esta sim, certeza é a existência de Algo indefinido, neste
caso, por não haver vocabulário terreno capaz sequer de mencionar, mesmo com
todo cuidado e primor, a apresentação sobre Deus, mas um fato, para mim,
totalmente definido, defino, mesmo precariamente, como Magnificência
Absoluta.
E
por tão pouco conhecer tudo o que imensuravelmente já existe e por perceber
tanto ainda a aprender, recolho-me em silêncio para, dessa forma, conhecer-me um
pouco mais e, assim, começar a compreender também o infinito, ver a vida mais do
alto e observar mais toda a sua grandeza.
(Cínthia
Cortegoso)
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