EU EDUCO, TU EDUCAS, ELE EDUCA...
Por Eloyr Pacheco
- Conjugue o verbo
educar.
- Eu educo, tu
educas, ele educa, nós educamos, vós educais, eles educam.
- Muito bem!
Antes de refletirmos sobre a conjugação do verbo educar voltemos ao
ano de 1988
quando foi promulgada a Constituição Federal, chamada (não por acaso) de
Constituição Cidadã. Nela, o Art. 205 afirma que, “a educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” A Carta Magna também estabelece no Art. 227 que “é dever da família,
da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária [...].” E, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação, publicada em 1996, no seu no seu Art. 1º define que “a educação abrange os processos formativos
que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais.”
Diante destas
citações podemos pensar um pouco na educação escolar pública e ao acesso a ela.
Primeiro, é necessário um grande esforço de todos para se desconstruir o olhar,
que podemos chamar de senso comum, de que o ensino público é destinado apenas
àqueles que não podem pagar pela educação formal. Essa visão assistencialista
da educação escolar deve ser superada pela sociedade. Deixando-se
também de lado que o cidadão não é um mero objeto de intervenção do Estado e,
fixando claramente, que somos – também me incluo, pois também faço parte da
sociedade – sujeitos de direitos.
Divagando – para não escrever filosofando – um pouco cito Comida, do álbum Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas, de 1987, do grupo Os Titãs: “a gente não quer só comida, a gente quer diversão e arte...” para lembrar que temos o direito de buscar a felicidade e viver a vida plenamente.
Divagando – para não escrever filosofando – um pouco cito Comida, do álbum Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas, de 1987, do grupo Os Titãs: “a gente não quer só comida, a gente quer diversão e arte...” para lembrar que temos o direito de buscar a felicidade e viver a vida plenamente.
Os
direitos sociais não são favores concedidos pelo Estado, mas direitos
essenciais do cidadão.
A
escola deve ter suas portas abertas, ser um espaço de encontro, de atividades,
de ações, de realizações, de cultura e arte e não apenas um espaço de ensino e
aprendizagem. Mais uma forma de acesso, além da educação ao espaço
público/equipamento urbano. Aliás, hoje, uma mudança de paradigma se faz
necessária, as crianças e jovens não querem aprender, mas, sim, apreender.
Pense nisto também.
Então,
o direito à educação é um direito de todos
os cidadãos!
Na conjugação
do verbo educar observe as pessoas: eu, tu, eles, nós, vós, eles.
A educação é um direito e um dever que se
confunde, se funde, se mistura, na ação e na participação, no dar e no receber,
no oferecer e ganhar, em acessar e permitir o acesso.
Eloyr, muito bom ler seu texto, no qual e demonstrada uma visão crítica e realista concernente à educação.
ResponderExcluirObrigado, Profª Claudia. Nós, como educadores, precisamos de espaço como este para debater a Educação.
ExcluirParabéns pelo texto, Eloyr, reforça bem o que muitos não acreditam em demasia, que a prática do bem vale a pena. Quem sabe um dia a academia permita que a maioria forme-se e não uma minoria, que não compartilha a sabedoria, mas a monopoliza como tiranos. Abraços amigo, seus textos são imprescindíveis.
ResponderExcluirObrigado, João. É isso mesmo, é uma troca permanente. Os saberes, a Cultura, os conhecimentos... Quem ensina, aprende. Abração.
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