Morto em 2014, o autor que cantou as coisas da natureza fixou o Pantanal no mapa da poesia brasileira.
Mais que isso, construiu uma poética em torno das miudezas do mundo, de tudo aquilo que é descartado e marginalizado pela sociedade. Costumava se definir como “um fazedor de inutensílios”.
Os dois volumes que abrem a reedição flagram momentos distintos da construção do “manoelês” ao longo de sete décadas de carreira. “Poemas concebidos sem pecado / Face imóvel” reúne seus dois primeiros títulos, lançados em 1937 e 1942, respectivamente. “Arranjos para assobio”, de 1982, marca a consolidação do estilo que o consagraria a partir daquela década. Todos os livros incluem itens do baú de Manoel, muitos deles inéditos, como fotografias antigas, correspondências e manuscritos de poemas, selecionados pela filha do escritor, Martha Barros.
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