Internado na véspera de sua posse, em 14 de março, ele nunca chegou a assumir o cargo.
Morto aos 75 anos, Tancredo contou com um dos maiores funerais da história do Brasil. Embalados ao som de Coração de Estudante, canção de Milton Nascimento, mais de dois milhões de brasileiros em luto foram às ruas das principais cidades do País lamentar a morte do líder mineiro.
“O nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites”, dizia o texto do discurso de posse de Tancredo. Com a sua internação, a fala jamais foi feita pelo presidente.
Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral se reuniu e Tancredo foi eleito presidente para um mandato de 6 anos. O placar final foi de 480 votos (72,4%) do mineiro contra 180 (27,3%) de Maluf. Houve 26 abstenções, principalmente de deputados do PT - orientados a votar contra as duas chapas.
Antes de 1985, Tancredo já havia sido deputado estadual de Minas entre 1947 e 1950 e deputado federal entre 1951 e 1953. Depois, Tancredo foi ministro da Justiça e Negócios Interiores entre 1953 e 1954, e primeiro-ministro entre 1961 e 1962. Entre 1983 e 1984, foi governador do Estado de Minas Gerais.
Tancredo é avô do ex-candidato à Presidência pelo PSDB na eleição de 2014, o senador Aécio Neves (MG). Em 1985, ele atuava como secretário especial do avô. Tancredo também é tio do ex-senador e atual vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP).
Mesmo jamais tendo assumido o cargo, lei federal inclui Tancredo em galerias de ex-presidentes do País.
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