O pianista brasileiro Roberto Szidon morreu nesta quarta-feira (21), na Alemanha, em decorrência de um ataque cardíaco.
Nascido em Porto Alegre e radicado na Alemanha desde 1967, Szidon foi um dos grandes músicos da geração de 1970.
Estudou composição com Karl Faust e se aperfeiçoou com nomes consagrados como Ilona Kabos e Claudio Arrau.
Recebeu um prêmio no quarto Centenário do Rio de Janeiro com o LP Rudepoema, sobre a obra de Villa-Lobos, e participou de gravações de peso para a Deutsche Grammophon, uma das mais importante gravadora de música erudita do mundo.
Nascido em Porto Alegre e radicado na Alemanha desde 1967, Szidon foi um dos grandes músicos da geração de 1970.
Estudou composição com Karl Faust e se aperfeiçoou com nomes consagrados como Ilona Kabos e Claudio Arrau.
Recebeu um prêmio no quarto Centenário do Rio de Janeiro com o LP Rudepoema, sobre a obra de Villa-Lobos, e participou de gravações de peso para a Deutsche Grammophon, uma das mais importante gravadora de música erudita do mundo.
Um enorme pianista, referência para muitas gerações de músicos eruditos no Brasil.
ResponderExcluirGrande perda para a arte do país!
Aldo Moraes
composermoraes@hotmail.com
José Roberto Szidon foi um dos mais importantes artistas brasileiros do último quartel do século XX e do início do século XXI. Nascido em Porto Alegre,RS, de família judia de origem húngara, revelou-se um grande pianista ainda criança, dando o seu primeiro concerto aos nove anos de idade.Apesar de suas biografias referirem a influência, ainda na juventude do Maestro Karl Faust, radicado em Porto Alegre, Szidon referiu-me, diversas vezes durante sua pré-adolescência e adolescência, estar estudando com uma Senhora professora de piano de origem alemâ que teria sido aluna de um aluno de Liszt. Não recordo o nome dessa senhora. No entanto tal fato é por demais significativo, dado a presença da técnica do grande pianista alemão, na formação de Szidon. É significativo, também, que as suas interpretações das rapsódias húngaras de Liszt sejam verdadeiramente magistrais,vibrantes, românticas, sem os exageros ruidosos de certos pianistas mais jovens que fazem sucesso tocando tais obras, tirando acordes ensurdecedores do piano(deve ser o efeito "do rock metal" da juventude do século XXI). Não foi o caso de Szidon, nosso brasileiro gaúcho de rara sensibilidade. Durante a década de 1950 e ao início dos anos 60,recordo a sua convivência com os colegas de escola. Inteligentíssimo, simples,simpático, comunicativo, admirado pelos companheiros, nunca se negando a sentar-se ao piano e deliciar-nos com suas audições. Sempre participando das promoções e excursões no plano artístico de nossa escola, o Colégio Estadual Júlio de Castilhos. Um jovem normal, de seu tempo. Aos dezoito anos ingressou no Curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,obtendo, no exame vestibular, uma das melhores classificações.Sem abandonar os estudos de piano, frequentou a Faculdade até o quarto ano, quando veio a desistir da carreira de médico para dedicar-se, inteiramente, à sua vocação pianística. Em seguida embarcou para a Europa, onde veio a radicar-se. Quando ainda em Porto Alegre, em diversas oportunidades participou de concertos, acompanhado pela Orquestra Sinfônica desta Cidade, a OSPA, então dirigida pelo saudoso maestro de origem húngara, PABLO KOMLOS, além de diversos recitais solo, na Capital e em cidades do interior dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além da recordação do magistral artista, Roberto Szidon, na memória de seu Povo, de seus companheiros de juventude, de seus amigos, viverá eternamente. também como uma pessoa excepcional.
ResponderExcluirSzidon não é perda nenhuma para o Brasil, negou o país, não levou o nome do Brasil como Nelson Freire o faz. Szidon me lembra Daniel Baremboim que esqueceu que um dia foi Argentino, e também Cláudio Arrau que só pisou no Chile aos 33 anos de idade e nunca mais retornou ao seu país.
ResponderExcluirA morte de Szidon já havia ocorrido antes dos anos oitentas, uma pena, pois, grande artista, seu Liszt é extraordinário, mas esse problema de identidade com a Amércia Latina incomoda e muito, ainda mais, sendo Judeu, se valorizar algo, será o poder de sua cultura e história milenar, acho bonito isso. Mas, podia ter vindo pelo menos para concertos.