Antes de ganhar as TVs do país, Eva Fódor Nolding brilhou nos palcos. O
teatro chegou à sua vida nos anos 30, a partir de um convite de Mário
Nunes, crítico do Jornal do Brasil, para atuar em uma peça com Dulcina
de Moraes. Ela não foi aprovada, mas Mário a convidou para fazer teatro
de revista no Teatro Recreio. Nessa época, adotou Todor, uma versão
aportuguesada de seu sobrenome.
Com o sucesso, foi convidada para seu primeiro longa-metragem, em 1960,
“Os Dois Ladrões”, de Carlos Manga, quando atuou ao lado de Oscarito.
No ano seguinte, estreou na televisão. Foi contratada pela TV Tupi para
estrelar “As Aventuras de Eva” e para participar de “E Nós, Aonde
Vamos?”, última novela da autora cubana Glória Magadan escrita no
Brasil, em 1970.
Eva fez alguns papéis dramáticos --como em “De Olho na Amélia”, de
Georges Feydeau, que lhe valeu o Prêmio Molière de melhor atriz, em
1969--, mas brilhou mesmo nas comédias, gênero no qual se consagrou.
A atriz estreou na TV Globo como Kiki Blanche, em “Locomotivas” (1977),
de Cassiano Gabus Mendes, primeira novela colorida no horário das 19h.
A partir daí, não parou mais, sempre atuando com o que chamava de
“gênero Eva”, um humor fino que virou sua marca registrada. Ela fez
"Coração Alado" (1980), "Sétimo Sentido" (1982), "O Outro" (1987), "Top
Model" (1989), “Suave Veneno” (1999), "O Cravo e a Rosa" (2000),
"América" (2005) e "Caminho das Índias" (2009). Eva também atuou em
minisséries e especiais, como “Brava Gente”, “Você Decide”, “Malhação”,
“Hilda Furacão”, “Sob Nova Direção”, “A Diarista” e “Casos e Acasos”.
Sua última aparição na TV foi em 2012, na novela “Salve Jorge”, na qual
interpretou Dália. No mesmo ano, fez uma participação especial em “As
Brasileiras”.
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