A teoria de Jorge Antunes, sobre a correspondência entre os sons e as cores, desenvolvida em 1962 e publicada em livro em 1982, está voltando à pauta de pesquisadores e músicos de todo o mundo. Esse interesse resulta dos avanços da ciência que estuda os fenômenos da sinestesia.
A divulgação, na Europa, da teoria cromofônica de Antunes, dá agora seus primeiros frutos: o maestro Jorge Antunes foi convidado pela Associazione gli Amici di Musica/Realtà, de Milão, e pelo Instituto Musicale P. Mascagni, de Livorno, para dar uma série de concertos e palestras sobre o tema, na Itália, de 27 de setembro a 8 de outubro.
As cidades visitadas serão: Roma, Pisa, Parma, Livorno e Milão. Acompanhando Jorge Antunes estará a pianista Mariuga Lisbôa Antunes, sua esposa, que ilustrará as palestras interpretando a obra Miró Escuchó Miró, para piano e sons eletrônicos, composta seguindo a técnica da música cromofônica.
Em Livorno, no dia 1º de outubro, Antunes apresenta um concerto monográfico no Auditorio do Instituto Mascagni, com obras eletroacústicas e obras mistas. Três músicos locais participam do concerto: Giuseppe Cataldi (clarinete); Francesca Del Seppia (violoncelo) e Marcus Lisbôa Antunes (violino). Marcus, que é spalla da Orquestra da Universidade de Pisa, é o filho caçula de Jorge Antunes.
Em Milão, no dia 8 de outubro, o Icarus Ensemble apresentará, em estreia mundial, a nova composição de Antunes intitulada Columbine Lunaire, cuja partitura acaba de ser publicada pelas Edizioni Suvini Zerboni. O concerto integra a programação da EXPO 2015.
No dia 9 de outubro Jorge Antunes embarca de volta ao Brasil, direto para o Rio de Janeiro, pois no dia 10, no Theatro Municipal, acontecerá o concerto de abertura da XXI Bienal de Música Contemporânea Brasileira, em que a Orquestra Neojibá fará a estreia mundial do poema sinfônico, de Antunes, intitulado “Apoteose de Rousseau”.
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