Cantora. Compositora.
Foi levada, ainda criança, para ro Rio de Janeiro por uma familia amiga
de seus pais, passando a morar com esta até aos 20 anos no bairro do
Grajaú.
Em 1931casou-se com Sebastião Maciel Francisco dos Santos. Cinco anos
depois ficou viúva (o marido faleceu em um acidente automobilístico,
assim como o pai da cantora) e passou a criar sozinha a filha Nilza
Santos Oliveira (Cachucha) de apenas três anos.
Por essa época, passou a
trabalhar como tarefeira na Fábrica de Rendas, no bairro da Muda.
Casou-se pela segunda vez com o jornalista e professor de inglês João
Conceição, tendo sua casa, no bairro do Maracanã, transformado-se em um
dos palanques do Movimento Negro, tendo passado por lá o senador Abdias
do Nascimento, o sociólogo Guerreiro Ramos, o pesquisador Haroldo Costa,
a advogada Sebastiana Arruda, entre outros, com os quais o jornalista
João Conceição fundou o jornal "A Redenção".
Na década de 1960 casou-se com Donga.
Foi a terceira esposa do
compositor, autor do clássico "Pelo telefone" (c/ Mauro de Almeida), o
primeiro samba gravado, em 1917. Presenciou a criação de boa parte dos
clássicos da MPB através das reuniões em sua casa, nas quais compareciam
Pixinguinha, Xangô da Mangueira, Aniceto do Império, Walter Rosa,
Jorginho Pessanha, Jacob do Bandolim, João da Bahiana e os iniciantes
Martinho da Vila, Clara Nunes, João Nogueira, entre outros.
Frequentadora assídua das rodas de samba do MIS (Museu da Imagem e do
Som), nas quais fez apresentações de sambas antológicos (inéditos e já
gravados), sendo invariavelmente ovacionada pelo público.
Das várias homenagens que recebeu, destacam-se: "Honra ao Mérito, pelo
Deputado Estadual Jamil Haddad" (em seu aniversário de 90 anos),
"Mulheres Herdeiras de Zumbi", pela Vereadora Jurema Batista, e ainda, a
"Medalha Pedro Ernesto", pelo Vereador Edson Santos, na Câmara
Municipal do Rio de Janeiro, em 24 de junho de 2003.
Em 14 de janeiro de 2004 submeteu-se à prova da Ordem dos Músicos tendo
sido aprovada com nota 10, por unanimidade, sendo aceita no Sindicato
dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro.
Ainda em 2004
recebeu a "Moção de Aplausos e Reconhecimento", pela Vereadora Edith
Coimbra Braga Montebrunhuli, da Câmara Municipal de Mendes. A homenagem
fez parte do "Projeto Flores em Vida", da Fundação Cultural de Mendes,
com realização da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento
Econômico, sob o patrocínio da Prefeitura Municipal. Neste mesmo ano foi
agraciada com a "Órdem do Mérito Cultural" das mãos do Presidente Lula e
do Ministro da Cultura Gilberto Gil, em Brasília.
Foi homenageada com a "Medalha de Honra da Mulher" pelo Governo do
Estado do Rio de Janeiro no "Dia Internacional da Mulher", com a
"Medalha Nossos Griots", pelo "Dia Internacional da Mulher Negra da
América Latina e Caribe", com a "Medalha Pedro Ernesto", recebida das
mãos do vereador Edson Santos.
Em 2007 no evento "Da Cachaça ao Champanhe", criado pelo ICCA (Instituto
Cultural Cravo Albin) celebrando os 70 anos da gravação do samba "Pelo
telefone", foi a figura central sendo brindada (e ingerindo) com cachaça
e champanhe, acompanhada por, entre outros, Luiz Carlos da Vila e
Carmélia Alves.
No ano de 2013, aos 102 anos de idade, foi homenageada na edição do "5°
Concurso Nacional de Samba de Quadra", realizado no palco do Circo
Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. O concurso, no qual
constavam em seu corpo de jurados, presidido por Ricardo Cravo Albin,
Geraldo Carneiro e Paulo Roberto Direito, contou com apresentação da
homenageada interpretando alguns sambas antológicos, inclusive, "Pelo
telefone".
No ano de 2013, em comemoração ao aniversário de 102 anos a jornalista
Rosa Cass assinou a matéria "Benção, vó do samba!", na Revista
Carioquice, do Instituto Cultural Cravo Albin. No ano seguinte, foi capa
da Revista Carioquice, na qual foi incluída a matéria "Oh, senhora
majestade", de Mônica Sinelli, com sete páginas dedicadas à cantora. A
revista foi lançada no ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin), em evento
promovido por sua neta Sônia Maria, intitulado "Viva a Vida", ocasião em
que a homenageada cantou músicas de seu disco, além de interpretar
composições inéditas de sua autoria.
Faleceu aos 104 anos, em 16 de maio de 2015.
MAIS: oglobo.globo.com/.../viuva-de-donga-vo-maria-morre-aos-104-anos-16...
www.dicionariompb.com.br/vo-maria/biografia
www.blognotasmusicais.com.br/.../viuva-de-donga-cantora-e-compositor..
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