ZOONA - encontro literário de Curitiba
Mesas-redondas, performances, mostra de vídeo, intervenções, lançamento de livros e publicações, leitura de poesia e prosa (poema ao vivo), exposição documental e lançamento do suplemento literário vagau – edição exclusiva do evento. Essas foram as atividades que integraram a programação do ZOONA literária, que agitou Curitiba nos dias 15, 16 e 17 de abril.
Incentivado pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba, com realização da editora Medusa, o evento ZOONA literária aconteceu no Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, n. 533), à exceção da mostra de vídeo com suas sessões no Paço da Liberdade (Praça Generoso Marques, 189). A curadoria do evento, assinada pelo poeta e editor Cláudio Daniel (SP) e pela poeta e artista visual Joana Corona (PR), tem como referência os trabalhos dos escritores Valêncio Xavier e Wilson Bueno.
Uma homenagem que, sobretudo, realizou-se com a apresentação de trabalhos, ações e pensamento inventivos, modos de acessar o extraordinário legado composto pelas obras destes autores.
Embora seja um encontro literário, ZOONA transita por diferentes formas expressivas e portanto abrange um público heterogêneo, expandindo-se para outros campos artísticos. Entre os convidados das mesas-redondas estão os escritores Luis Ruffato (SP), Paulo Venturelli (PR), Raquel Stolf (SC), Victor Sosa (México) e Luis Serguilha (Portugal).
Documentário, entrevista, videoarte, videopoema e filmes do Valêncio Xavier comporão a mostra de vídeo ZOONA, além de curtas de ficção de diversos diretores. As performances foram preparadas por Marcelo Sahea (RS), Ricardo Corona e Eliana Borges (PR).
Maiores detalhes sobre a programação do evento estão disponíveis em: www.zoonaencontroliterario.wordpress.com
“De uns tempos pra cá, tenho percebido um discurso que diz o que é literatura e o diz ocupando o seu centro. Um discurso que, ingênua ou intencionalmente, tem empurrado para a margem autores inventivos como Leminski, Valêncio, Wilson, Karam, Josely, entre outros. E literatura, definitivamente, não se faz com discursos polidos e centralizados. Sequer é coisa para se decifrar e depois conquistar. Em ZOONA, que traz em si a coerência de ser um espaço efêmero e passageiro, com três dias de duração, discutimos não a margem excludente e o discurso que articula, mas a zona extrema, a zona de invenção que vem sendo habitada por certa literatura contemporânea e que muito nos diz respeito nestes platôs curitibanos”, afirma o poeta Ricardo Corona, coordenador do evento.
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