terça-feira, 31 de março de 2020

NOTA DA ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA SOBRE RIACHÃO


 O samba da Bahia está em luto. Morreu nesta segunda-feira (30/3) o sambista Riachão – nome artístico do cantor e compositor baiano Clementino Rodrigues. Aos 98 anos, ele teria passado mal durante à noite deste último domingo (29/3), chegou a ser socorrido, por uma equipe médica, em sua residência, no bairro do Garcia, em Salvador, mas não resistiu. Ainda não se sabe a causa da morte. 

Autor de clássicos como “Cada Macaco no seu Galho” e “Vá Morar com o Diabo”, o sambista baiano dizia ter mais de 500 composições e, embora tenha lançado apenas três álbuns individuais, teve músicas gravadas por Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Cássia Eller, entre outros nomes. Suas criações fazem referência a cenas, situações e personagens da vida cotidiana da Bahia —não à toa, foi apelidado de cronista musical da cidade em seus tempos de cantor de rádio.

Clementino Rodrigues, conhecido como Riachão, nasceu em Salvador e cresceu no bairro Garcia. Começou a cantar aos 9 anos e fez a primeira composição aos 12. Pela irreverência malandra da obra e pela vitalidade do artista, Riachão resistia como uma das mais perfeitas traduções do buliçoso samba da Bahia.

Nota de pesar escrita pelo acadêmico Aleilton Fonseca em nome de toda a Academia de Letras da Bahia.

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