O cantor baiano Moraes Moreira morreu nesta segunda-feira (13) no Rio de Janeiro, durante o sono, aos 72 anos.
Nascido Antônio Carlos Moreira Pires na cidade de
Ituaçu, Moraes começou a carreira tocando safona em festas de São João.
Na adolescência, aprendeu a tocar violão enquanto estudava em Caculé.
Depois, se mudou para Salvador e conheceu Tom Zé. Formou com Baby
Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão os Novos
Baianos, ficando com o grupo de 1969 até 1975.
Com Luiz Galvão, compôs a maioria das canções do
grupo, que é responsável por um dos discos mais icônicos da música
brasileira, Acabou Chorare, de 1972. O disco foi eleito o melhor da música nacional pela edição brasileira da Rolling Stone em 2007.
"Obra-prima dos Novos Baianos, Acabou Chorare nasceu do choque entre o
grupo e João Gilberto (engana-se quem imagina que a influência musical
foi unilateral. Vale ouvir João Gilberto, o 47º colocado desta mesma
lista, e perceber imediatamente que se trata do outro lado de uma mesma
moeda.) Depois de um primeiro disco semitropicalista, um tanto
psicodélico e essencialmente roqueiro gravado em São Paulo (É Ferro na
Boneca, de 1970), a trupe se mudou de mala e cuia para o Rio de Janeiro e
por lá se instalou", diz trecho da matéria.
Três anos depois de Acabou Chorare, Moraes em carreira solo, lançando mais de vinte discos.
Acabou Chorare fez história (Foto:Divulgação) |
Em 2012 Moraes gravou o disco A Revolta dos Ritmos,
que trazia 12 composições inéditas dele. Paralelo ao novo CD, Moraes
viajou pelo Brasil, ao lado do seu filho Davi, com uma turnê comemorando
os 40 anos de Acabou Chorare.
Moraes foi o primeiro artista a cantar num trio
elétrico no Carnaval, junto com o Trio Elétrico Armandinho, Dodô &
Osmar. A partir daí, seus frevos ‘trieletrizados’, como ele denominava,
passaram a ser marca registrada do nosso Carnaval: Pombo Correio, Chame
Gente, Eu Sou o Carnaval, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário