domingo, 14 de junho de 2020

CIRCUITO VIRTUAL DE POEMAS BATUQUE NA CAIXA DESTACA TERESINKA PEREIRA

                 Teresinka Pereira
TRABALHO DE POETA


Estou em uma selva de nervos.
Dizem que o stress
vem do trabalho excessivo,
vem de dormir a manhã inteira
e de levantar-me ao meio dia
descansada e triunfante
para viver a palavra
que se detem em outros lábios.

Mas, não. O trabalho do poeta
embora seja como
um poço sem fundo,
é também como um tango
bem ou mal cantado
que padece nos círculos espaciais.

Minha dor não vem do trabalho:
ao contrário, meu trabalho
vem da dor, do verso de pedra
que faz explodir o horror
enquanto espero a vida
começar outra vez.

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TRABAJO DE POETA
        Teresinka Pereira
Estoy en una selva de nervios.
Dicen que el stress
viene del trabajo excesivo,
viene de dormir toda la mañana
y de levantarme al medio día
descansada y triunfante
para vivir la palabra
que se detiene en otros labios.

Pero, no. El trabajo del poeta
aunque sea un pozo sin salida
es también como un tango
bien o mal cantado
que padece en los círculos
                   espaciales.

Mi dolor no viene del trabajo;
al contrario, mi trabajo
                viene del dolor,
del verso de piedra
que hace explotar el horror
mientras espero que la vida
               empiece otra vez.
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POET'S WORK
         Teresinka Pereira
I am in a jungle of nerves.
You told me that stress
comes from excessive work,
comes from sleeping all morning
and from getting up in the middle 
of the afternoon refreshed
            and triumphant
to live by the word
which stops in other lips.

But, the Poet's work
however is a hole with no exit,
is also like a tango
well sung or badly sung
that suffers in the spacial circles.

My sorrow doesn't come from
working. It is the opposite:
my work comes from suffering,
from the word of stone
which makes the horror
           to explode
while I wait for life to start again.
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