A atriz Tônia Carrero , um dos ícones da televisão brasileira, morreu por volta das 22h15 deste sábado (3), aos 95 anos, no Rio de Janeiro.
Tônia Carrero, cujo nome de nascimento é Maria Antonietta Portocarrero
Thedim, passava por uma pequena cirurgia em uma clínica particular na
Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando teve uma parada cardíaca e
não resistiu, de acordo com a família da atriz.
Tônia é a matriarca de uma família que tem quatro gerações de artistas:
além do único filho, o ator Cécil Thiré, netos e bisnetos também
seguiram a carreira. Ela é classificada pelo projeto Brasil Memória das
Artes, da Funarte, como "diva e dama" e "referência de beleza,
inteligência e talento na história do teatro brasileiro".
Filha de Hermenegildo Portocarrero e Zilda de Farias Portocarrero,
Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu em 23 de agosto de 1922, em
uma família de militares, e se formou em educação física em 1941.
Sua formação artística foi obtida em cursos em Paris, para onde foi com
seu então marido, o artista plástico e diretor de cinema Carlos Arthur
Thiré. Na capital francesa, teve aula com grandes atores, dentre eles
Jean-Louis Barrault.
Em seu retorno ao Brasil, aos 25 anos, estrelou seu primeiro filme,
“Querida Suzana”, de Alberto Pieralise, ao lado de Anselmo Duarte,
Nicette Bruno e da bailarina Madeleine Rosay.
Tônia começou na televisão na década de 60, a convite do autor Vicente
Sesso, para fazer “Sangue do Meu Sangue” ao lado de Fernanda Montenegro e
Francisco Cuoco. A novela do diretor Sérgio Britto foi exibida em 1969
pela TV Excelsior.
Uma das atrizes mais consagradas do Brasil, Tônia é conhecida por
inúmeros papéis marcantes – como Stella Fraga Simpson, em “Água Viva”
(1980), e a Rebeca, de "Sassaricando" – e integrou o elenco de 54 peças,
19 filmes e 15 novelas.
Sua última novela foi “Senhora do Destino” (2004), de Aguinaldo Silva,
na qual fez uma participação especial. No cinema, sua última aparição
foi em “Chega de Saudade” (2008).
Grande homenageada do Prêmio Shell de 2008, Tonia atuou no teatro pela
última vez em 2007, em "Um Barco Para o Sonho", de Alexei Arbuzov, peça
produzida pelo filho Cécil e dirigida pelo neto Carlos Thiré.
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