segunda-feira, 14 de setembro de 2020

VOZ DO SERTANEJO INTERIORANO, PARRERITO MORRE AOS 67 ANOS

 



O cantor Perrerito,  integrante do Trio Parada Dura, morreu neste domingo em decorrência da covid-19. O cantor estava internado no Hospital Unimed, em Belo Horizzonte, Minas Gerais, desde 29 de agosto.

Umas vozes do Trio Parada Dura – Parrerito nasceu em São Fidélis (RJ), município fluminense, assim como o irmão Élcio Neves Borges (1942 – 1998), o Barrerito.

As carreiras dos irmãos são indissociáveis. A partir de 1975, Barrerito foi integrante da segunda e mais importante formação do Trio Parada Dura, grupo formado em 1973 pelo cantor e músico mineiro Carlos Alberto Ribeiro (1942 – 2015), o Mangabinha.



Parrerito somente entrou no Trio Parada Dura – provisoriamente em 1982 e em caráter definitivo a partir de 1988, na terceira formação do grupo – porque o irmão Barrerito sofreu acidente de avião, em setembro daquele ano de 1982, que o deixou paraplégico e desestimulado a continuar no trio, preferindo partir para carreira solo para se sentir mais independente.


Desde 1988, Parrerito passou a ser oficialmente uma voz desse Brasil sertanejo e sentimental propagado pelo Trio Parada Dura. É raro uma dupla ou cantor sertanejo gravar disco e fazer show com sucessos do gênero sem incluir uma música do repertório do Trio Parada Dura, grupo que fez sucesso nas décadas de 1970 e 1980, pelos interiores periféricos do Brasil, com som sertanejo impregnado de influências das músicas paraguaia e mexicana, sem tanto apego às tradições caipiras que moldaram o gênero a partir dos anos 1930.

As Andorinhas (Darci Rossi, Alcino Alves e Rosa Quadros, 1987), Homem de pedra (Correto e Creone, 1978), Castelo de amor (Nenzico, Creone e Barrerito, 1975), Fuscão preto (Atílio Versuti e Jeca Mineiro, 1981), O doutor e a empregada (Roniel e Augusto Alves Pinto, 1983) e Telefone mudo (Franco e Tião Carreiro, 1981) são músicas associadas a esse trio sertanejo em carreira que teve nota desafinada a partir dos anos 2000.

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