Ali foi o primeiro boxeador a ganhar o mundial dos pesados três vezes. No ringue, foram 57 vitórias, sendo 37 delas por nocaute, e 5 derrotas.
Quando estava em atividade, Ali se proclamou "o maior, mais ousado e mais bonito" lutador do mundo. No auge da carreira como pugilista, dizia que "podia flutuar como uma borboleta, mas picar como uma abelha".
Como amador, conquistou a medalha de ouro olímpica aos 18 anos, nas Olimpíadas de Tóquio, mas vítima de racismo em um restaurante nos EUA, jogou a medalha no Rio Ohio.
Ali é homenageado pelo então presidente dos EUA, George W. Bush, em 2005 (Foto: Kevin Lamarque / Arquivo / Reuters)
Nos anos 60, falou contra o racismo e contra a Guerra do Vietnã. Em 1967, se recusou a servir o exército americano na Guerra do Vietnã e criticou o envio de militares para o conflito. Acabou perdendo o título mundial e ficou afastado do boxe por três anos.
Com apenas 22 anos e ainda como Cassius Clay, conquistou seu primeiro título dos pesados ao vencer Sonny Liston no dia 25 de fevereiro de 1964, em Miami, Flórida. Clay usou sua velocidade e jogo de pernas - que marcaram sua carreira - para derrotar o lento Liston, que abandonou a luta no sexto round.
Em 25 de maio de 1965, já como Muhammed Ali, voltou a enfrentar Liston em Lewiston, no Maine, para derrubar o desafiante logo no primeiro round.
Muhammad Ali e as filhas Laila e Hana (Foto: Action Images / MSI / arquivo / via Reuters)
Ali só voltou a ser campeão mundial em outubro de 1974, depois de vencer o grande rival George Foreman, em Kinshasa, no Zaire, hoje chamado República do Congo, em uma luta que muitos consideram a maior de todos os tempos.
Outra luta antológica ocorreu em Manila, nas Filipinas, a terceira contra Frazier, que treinou intensamente para o combate realizado em outubro de 1975.
O treinador de Frazier, Eddie Futch, jogou a toalha no 15º round, apesar das suas objeções, e Ali venceu outro combate épico.
O título foi perdido em fevereiro de 1978, com derrota para Leon Spins, e reconquistado na revanche, em setembro do mesmo ano.
A carreira profissional de Ali terminou com uma derrota por pontos para Trevor Berbick, no dia 11 de dezembro de 1981, no Queen Elizabeth Sports Centre de Nassau.
Em 1996, Ali emocionou o mundo ao acender a pira olímpica dos Jogos de Atlanta, já tremendo por causa do Mal de Parkinson.
Ele foi coroado como o "Esportista do Século" pela Sports Ilustrated e "Personalidade Esportiva do Século" pela BBC.
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