A poesia na maioria das vezes se constrói na solidão do ser!
O palco é a expressão da alma!
Valdir Rodrigues escolheu a ambos para marcar todos os
caminhos por onde passa.
Em Londrina, São Paulo ou Portugal é o mesmo poeta
apaixonado e o ator dedicado e perfeccionista que encanta platéias.
Nesta entrevista exclusiva ao blog Arte Brasil, Valdir
Rodrigues fala da infância, da opção pela arte, das conquistas e da peça que
apresenta amanhã no Teatro Zaqueu de Melo:
a) Olá
Valdir Rodrigues é um prazer ter você conversando com o público do blog Arte
Brasil. Primeiramente gostaria que você falasse um pouco como foi sua infância
Primeiro quero agradecer por esta rica
oportunidade de estar divulgando meu trabalho, este blog é de
suma importância para comunidade artística.
Minha infância foi muito feliz, nasci em
Cambé, e antes de completar um ano de vida, meus pais mudaram para a capital
São Paulo, morei lá até os nove anos e voltei para o Paraná na cidade de
Loanda.
Em São Paulo, tive meu primeiro contato com
o mundo artístico, fui ao programa Do re mi fa sol la Simoni, programa do Bozo
e no programa do Silvio Santos Escola contra escola.
Já no Paraná trabalhei bastante, com dez
anos vendia bolo, pão de queijo, panelas, colchas e lençol, por este motivo
tive a oportunidade de conhecer várias
cidades do Paraná. Com quinze anos mudei para Londrina, atualmente moro em
Cambé.
b) Fale-nos
como a poesia e o gosto pela cultura surgiram em sua vida? E conte um momento inesquecível
seu com a poesia e outro com o teatro.
A poesia chegou em minha vida aos doze anos
de idade na escola, notei que não tinha dificuldades de expressar meus
sentimento, e quando era época de datas comemorativas, vários amigos vinham até
a sala de aula pedir para escrever poesias, cartas, para que eles pudessem dar
para as namoradas, amigos e familiares.
Foi quando uma professora vendo todo meu
empenho, porque teve momentos que atrapalhavam a aula, porque batiam na porta e
pediam para me chamar, a professora curiosa, disse: O que está acontecendo? Eu
disse: É que os alunos não conseguem escrever o que sentem, então, eles me
dizem e eu escrevo do jeito que eles querem falar, a professora surpresa, me emprestou um livro do Poeta castro Alves
para eu ler, e disse este é um bom poeta brasileiro, porque você não lê? Ele
vai te dar muitas inspirações.
Me apaixonei pelo livro: “Espumas
flutuantes”, foi fantástico, desta forma,
descobri a poesia. O teatro veio
depois na minha adolescência, em Londrina mesmo, comecei com teatro na escola,
depois, teatro amador, hoje minha profissão. O momento marcante no teatro para
mim foi quando recebi o meu primeiro salário como oficineiro no projeto
“Batuque na Caixa”, a partir daí, nunca mais parei, já se passaram dezoito anos, foi marcante, porque naquele momento
começava a trabalhar com algo que gostava, e gosto até hoje.
c) Como
você avalia as novas plataformas de escrita e divulgação que surgiram com a
internet (blogs, redes sociais, youtube, sites, etc...)?
Uma porta para o mundo, antes pensava em
como divulgar no bairro, na cidade, agora posso viajar pelo mundo em apenas um
clic.
d) Valdir
conheço sua poesia e posso testemunhar a qualidade do seu trabalho teatral.
Fale sobre algumas peças que você levou aos palcos.
Fui bem aceito na Europa como dramaturgo e
ator, fui contratado por grupos de teatro de Portugal como dramaturgo, em outro como ator, escrevi, fiz turnês , como autor e auxiliar
de direção, atuei, o que não consegui em treze
anos no Brasil, consegui em Portugal em três meses, o reconhecimento,
valor financeiro, oportunidades, infelizmente no Brasil não temos o mesmo
reconhecimento e valorização.
e) Valdir,
além de poeta e dramaturgo, você tem um importante trabalho pedagógico com
crianças e jovens. Como você iniciou esta linha de trabalho. E o que você
desenvolve atualmente com alunos?
Comecei no projeto Batuque na Caixa, e com
o tempo fui desenvolvendo uma pedagogia própria criada pelas experiências no
dia a dia com os alunos, inicialmente o meu trabalho tinha como referência a dramaturgia espontânea e dirigida, mas
atualmente, meu trabalho principal tem base na commedia dell'arte.
f) Para
encerrar, quero saber quais os projetos que você está desenvolvendo em sua
carreira como ator, poeta e dramaturgo.
Atualmente trabalho na FUNCAC de Cambé,
como oficineiro, tenho contato ainda na Europa e como resultado disso consegui
a publicação de um livro de poesias, que
será lançado até junho em Portugal e depois aqui no Brasil.
Dia 7 de maio, a partir das 20 hs, será apresentada a peça A PRINCESA DESENCANTADA, no Teatro Zaqueu de Melo, em Londrina, com alunos da Funcac, coordenador por Valdir Rodrigues.
Email: teatrobatuque@bol.com.br
Telefone para contratação de peças e oficinas:
(43) 9678-2578
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