Neste Outono o mic.pt dá destaque às compositoras portuguesas, e neste mês de Novembro a secção "Em Foco" destaca a compositora Ângela Lopes, que este ano celebra o seu 40º Aniversário, com a publicação de um Questionário / Entrevista.
Ângela Lopes considera-se uma "artesã" inspirada, interessada pela experimentação com todos os géneros musicais – "da música solista à música de orquestra, passando pela música de câmara; da música acústica à música electroacústica, passando pela música mista; da ópera, à música de teatro ou à música de cinema, ou à música para exposições e instalações, da música profana ao mundo religioso, do mundo romântico à música formal".
Estudou com compositores como Cândido Lima, Virgílio Melo e Álvaro Salazar, encontrando inspiração na obra de Olivier Messiaen, Iannis Xenakis, Karlheinz Stockhausen ou Jonathan Harvey, entre outros e usando uma diversidade de técnicas composicionais.
Com vários projectos "na mão", como, por exemplo, a participação enquanto colaboradora na realização das partes electrónicas para várias das obras que figurarão num CD monográfico duplo com obras de Cândido Lima, Ângela Lopes julga pertencer a uma geração de compositores afortunados por um lado, com oportunidades impensáveis noutros tempos, mas por outro com um meio académico "onde o conservadorismo que aí impera não permite mudanças no que diz respeito à nova criação, à inovação, à diferença, ao novo, ao contemporâneo.
"Neste panorama, a situação actual da música portuguesa não é certamente a desejável, mas talvez aceitável", diz a compositora no Questionário/Entrevista que em Novembro é publicado na secção "Em Foco" do mic.pt.
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