O escritor australiano Bryce Courtenay, que discorria sobre as dificuldades da vida na Austrália e África do Sul, morreu aos 79 anos, na sua casa, em Canberra, disse sua editora na sexta-feira, apenas duas semanas depois do lançamento do seu último romance.
Conhecido por sua dedicação ao trabalho --escrevia até 12 horas por dia--, Courtenay vendeu mais de 20 milhões de livros. Ele só começou a escrever no final da década de 1980, após 30 anos de carreira como publicitário.
Seu primeiro romance, "The Power of One", sobre uma criança criada na África do Sul do apartheid, foi um sucesso instantâneo, vendendo mais de 8 milhões de exemplares e virando filme.
Nascido pobre da África do Sul, Courtenay estudou jornalismo em Londres e em 1958 se radicou na Austrália com sua primeira mulher, Benita.
Em 1993, voltou-se para a não-ficção com "April Fool's Day", relato pessoal sobre a morte do seu filho, que contraiu Aids numa transfusão de sangue.
Ele costumava escrever um livro por ano. O último, "Jack of Diamonds", foi lançado no começo de novembro, e continha uma despedida de Courtenay aos seus leitores. "Foi um privilégio escrever para vocês e que vocês tenham me aceitado como narrador em suas vidas. Agora, conforme minha história se aproxima do fim, que eu diga apenas 'Obrigado, vocês foram simplesmente maravilhosos'."
Courtenay deixa a esposa e dois filhos do primeiro casamento.
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