Ana Maria Machado diz que foi impelida pelas circunstâncias a virar presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras).
"Na verdade eu não queria inicialmente. Sou uma pessoa que escrevo ainda, tenho necessidade, publico muito", diz a carioca de 69 anos, eleita anteontem para o cargo.
É a segunda mulher a ocupá-lo, depois de Nélida Piñon, em 1997. A posse ocorre na próxima quinta-feira, na sede da ABL, no Rio.
Um acidente em maio com Marcos Vinicius Vilaça, presidente nos biênios 2006/07 e 2010/11, forçou Machado, secretária-geral, a assumir funções do titular, que fraturou a bacia numa queda.
Eleita por unanimidade, a escritora afirma que dará continuidade ao processo de abertura da ABL à sociedade executado por Vilaça e por Cícero Sandroni.
"[A ABL] saiu de uma imagem de um chazinho de velhinhos deixando cair farelo para a de uma instituição atuante, moderna, que recebe os mais diversos tipos de manifestações culturais", diz.
A abertura de sua gestão, ela revela, terá um viés mais social.
A escritora diz que fará parcerias com as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) para construção de bibliotecas em áreas pobres.
O plano, segundo ela, inclui ceder um imóvel da ABL para a construção de um centro cultural em uma UPP.
Fonte: Ilustrada/Folha de São Paulo
FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário