terça-feira, 12 de março de 2019

EURICO MIRANDA MORRE NO RIO

Ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda faleceu nesta terça-feira no Rio. A causa da morte do dirigente ainda não foi revelada oficialmente, mas ele vinha sofrendo com problemas de saúde nos últimos anos, o que incluía um tumor na cabeça. Nesta terça-feira, passando mal, deu entrada no Hospital Vitória, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio, mas não conseguiu sobreviver.

Embora estivesse debilitado, Eurico nunca se afastou da política do Vasco, tanto que exercia o cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do clube. Mas não vinha mais participando de eventos públicos, deixando de acompanhar os jogos do time em São Januário, algo que sempre foi recorrente e marcou a sua passagem pela equipe.

Polêmico e alvo de diversas denúncias, Eurico é um dos mais conhecidos dirigentes da história do futebol brasileiro e do Vasco, tendo presidido o clube de 2003 a 2008 e de 2015 a 2017. Mas sua participação na gestão do time carioca foi muito além desse período, tendo cargos como presidente do Conselho Deliberativo e de vice-presidente de futebol.

Filho de portugueses, Eurico era advogado e começou a atuar no Vasco na década de 1960. As primeiras atitudes de maior repercussão foram nos anos 1980, quando o dirigente contribuiu para o clube conseguir o retorno do atacante Roberto Dinamite, que estava no Barcelona. Na mesma década, ele articulou duas negociações importantes para o Vasco: a venda de Romário para o PSV Eindhoven, da Holanda, e a compra de Bebeto, que pertencia ao Flamengo.

Atuando como homem-forte do futebol vascaíno, se tornou a mais conhecida figura do clube, até mesmo mais do que os presidentes da época. Costumava dar entrevistas polêmicas, quase sempre aparecia na frente das câmeras com um charuto e era bastante centralizador. “Aqui no Vasco mando eu. Ditatorialmente!”, afirmou certa vez.

Eurico se tornou figura central do futebol nacional e participou de diversas conquistas do Vasco nos anos 1990, como a edição de 1998 da Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro de 1997 e de 2000, então denominada Copa João Havelange, e a Copa Mercosul de 2000.

Paralelamente ao clube, o dirigente ingressou na carreira política e chegou a ser deputado federal, em mandatos que duraram de 1995 a 2002.

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