Estherzinha, como era chamada por amigos e familiares, 78 anos, faleceu
nesta sexta-feira (08), no Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Foi nas
quadras que ela se eternizou como uma das maiores do esporte no Brasil,
marcou seu nome nos livros de recordes e nas mentes de todos os fãs,
principalmente, do tênis.
A maior tenista brasileira da história, a pioneira do esporte no país, um verdadeiro fenômeno.
O tênis sempre foi seu sonho, embora o pai quisesse que ela seguisse a
carreira no balé. Começou no esporte aos 6 anos, em São Paulo, no Clube
de Regatas Tietê, do qual era vizinha. Disputou o primeiro campeonato
aos 11, em uma época que mulher praticar esporte era algo não visto com
bons olhos.
Deixou o Brasil aos 17 anos, sozinha, rumo à
Inglaterra, para que pudesse competir em alto nível. A escolha foi
correta. Mostrou, ao mundo, a força e a técnica brasileiras nunca antes
imaginada.
Foram 35 finais de Grand Slam, sendo 12 em simples (7
títulos), 16 em duplas (11 taças) e 7 em duplas mistas (1 conquista).
Venceu 19 Grand Slams na carreira. 7 em simples, 11 em duplas femininas e
1 em duplas mistas. Todas as vezes que ia a Wimbledon, era ovacionada.
Não bastasse "apenas" essas conquistas, o currículo de Maria Esther
conta com números que beiram o impensável até hoje: são 589 títulos
internacionais.
Na final do US Open de 1964, fez algo até hoje histórico: ganhou a
partida de Carole Caldwell Graebner em apenas 19 minutos. Antes disso,
em 1959, ganhou o prêmio de atleta feminina do ano, da Associated Press.
Nenhuma esportista brasileira teve esse reconhecimento depois dela.
Em
1978, foi homenageada com a inclusão de seu nome no
Hall da Fama do Tênis Internacional. Até estátua de cera do famoso museu
inglês Madame Tussauds, Maria Esther tem.
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