A Conjuração Baiana é também conhecida como Revolta dos Alfaiates,
visto que alguns de seus lideres tinham como profissão alfaiate. Foi um
movimento separatista de caráter emancipacionista ocorrida no século
XVIII, na então capitania da Bahia, no Brasil.
A Capitania da Bahia era governada pelo então governador D. Fernando José de Portugal
e Castro. Essa capitania tinha uma grande descontentamento e muita
queixas a respeito do governo, pois de acordo com os populares o estado
aumentava os preços das mercadorias mais essenciais, o que causava
grande revolta entre os populares. Muitas vezes os revoltosos chegaram a
arrombar açougues, mercados, vendas e etc.
O clima de insatisfação era muito grande. Além disso, as ideias
que haviam animado Minas Gerais foram amplamente divulgados na Bahia, e
muitas pessoas, principalmente os populares, adotaram tais ideias
mineiras para tentar bater de frente com o Estado Baiano.
Tal movimento sofria influência também de outros movimentos sociais
que serviriam como exemplo, se espelhando em tais e funcionando como uma
luz no fim do túnel. Tais movimentos eram a Independência dos Estados Unidos, e as ideias Iluministas,
Republicanas e Emancipacionistas, que eram divulgadas também pela elite
cultural Baiana, que estavam reunidas em associações como as Lojas
Maçônicas.
Os cinco pontos principais das tais críticas ao estados eram:
Proclamação da Republica, Diminuição de impostos, Abertura de Portos,
Fim do Preconceito, e Aumento Salarial.
Assim os revoltosos pregavam a libertação dos escravos,
proporcionando um governo igualitário onde as pessoas fossem vistas de
acordo com a capacidade individual de cada um. Além da instauração de
uma República na Bahia, da liberdade do comércio com outros países
(favorecendo a entrada de produtos importados), e além disso é claro o
aumento do salário. Essas ideias eram divulgadas em escritos de Luiz
Gonzaga das Virgens e Cipriano Barata.
O movimento estourou em 12 de agosto de 1798, quando alguns de seus
membros estavam distribuindo panfletos na porta das igrejas e nas
esquinas das vielas quando certas autoridades chegaram e os prenderam.
Assim como a Inconfidência Mineira, seus membros assim que foram presos e interrogados, acabaram delatando os demais envolvidos.
Nesse momento, várias pessoas foram denunciadas (estima-se centenas),
dentre eles estavam militares, funcionários públicos, clérigos, e
dessas pessoas quarenta e nove foram presas.
Em 8 de Novembro de 1799, procedeu-se a execução dos condenados por
enforcamento, e suas cabeças foram postas em praça publicas para que
servissem de exemplo.
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