Ainda no início da década de 1970, foi transferido para o núcleo de dramaturgia, onde passou a editar e a trabalhar com o diretor Daniel Filho. Em 1972 deixou a emissora por seis meses para trabalhar na TV Tupi, em São Paulo. Seu retorno se deu na novela "Selva de pedra" (1972), de Janete Clair, dirigida por Walter Avancini. A parceria entre os dois duraria oito anos, e Talma atuaria como editor, assistente de direção e codiretor.
Nesta época, Talma também codirigiu novelas com Paulo Ubiratan. Em 1975, foi convocado por Walter Avancini para ser o diretor principal de "O grito", de Jorge Andrade.
Em 1976, logo depois de dirigir "Saramandaia", de Dias Gomes, voltou a deixar a Globo, para voltar a TV Tupi. Durante 11 meses dividiu com Gilberto Motta a direção do programa "São Paulo, túmulo do samba" (1977), espécie de documentário musical escrito por José Ramos Tinhorão, sob a supervisão de Maurício Sherman. O retorno à Globo o levou a ser diretor de shows no Fantástico, ficando responsável pela produção e direção dos clipes musicais semanalmente apresentados no programa.
No final dos anos 1970, transferiu-se para a TV Bandeirantes, onde dirigiu o programa "Rosa e azul", com Débora Duarte e Antônio Marcos. Seis meses depois, convocado por Walter Avancini para dirigir a novela "Pai herói" (1979), de Janete Clair, e "Água viva" (1980), de Gilberto Braga, voltou à Globo. Em ambas ocasiões trabalhou ao lado de Paulo Ubiratan, com quem dividiria a direção de várias novelas de grande sucesso na década de 1980, como "Coração alado" (1980), de Janete Clair; "Baila comigo" (1981), de Manoel Carlos; e "Jogo da vida" (1981), de Silvio de Abreu.
Roberto talma durante a gravação da novela 'Os gigantes', em 1980. (Foto: CEDOC / TVGLOBO)
Em 1982, trabalhou novamente na TV Bandeirantes, onde foi produtor de tramas como "Campeão" (1982), de Jaime Camargo e Marcos Caruso; e "Braço de ferro" (1983), de Marcos Caruso. Voltou para a Globo, em seguida, assumindo o cargo de diretor executivo da Central Globo de Produção. Foi responsável pela criação de seriados como "Armação ilimitada" (1985) e "Tarcísio & Glória" (1989) e das minisséries "Anos dourados" (1986), de Gilberto Braga; "Sampa" (1989), de Gianfrancesco Guarnieri; "Boca do lixo" (1990), de Silvio de Abreu; e "O sorriso do lagarto" (1991), de Walther Negrão e Geraldo Carneiro.
Como diretor executivo, cuidou de novelas como "Brega & chique" (1987) e "Que rei sou eu?" (1989), ambas de Cassiano Gabus Mendes; "Rainha da sucata" (1990), de Silvio de Abreu; e "De corpo e alma" (1992), de Gloria Perez. Na década de 1990, foi responsável por diversos "Casos especiais" e episódios do interativo "Você decide" (1992), além do humorístico "Casseta e planeta, urgente!" (1994) e da criação do seriado infanto-juvenil "Malhação" (1995).
O diretor trabalha na novela 'Um sonho a mais', em 1985. (Foto: CEDOC / TVGLOBO)
Talma deixou a Globo em 1995 para se dedicar a projetos pessoais, que incluíam a criação de uma produtora independente. Voltou quatro anos depois, quando assumiu o núcleo de programas infantis da Central Globo de Produção. Cuidou de atrações como "Gente inocente" (1999), "Flora encantada" (1999), "Bambuluá" (2000) e a segunda versão do Sítio do Picapau Amarelo (2001). Sob sua responsabilidade também estiveram diversos programas de outras linhas da emissora, como o "Domingão do Faustão", o "Fantástico" e o programa "Linha direta", criado em 1999.
A partir de meados da década de 1980, passou a dirigir inúmeras atrações especiais da linha de shows da Globo. Comandou o programa em homenagem aos 60 anos do maestro Tom Jobim, "Antonio, o brasileiro" (1987), que recebeu o Grande Prêmio na 30ª edição do Festival Internacional do Filme e Televisão de Nova York.
Em outubro de 2002, o diretor teve um infarto e foi internado às pressas em uma clínica de Botafogo, no Rio de Janeiro. Não ficou muito tempo afastado da televisão. Menos de dois meses depois, assinava a direção-geral do especial de fim de ano com o cantor Roberto Carlos. Em 2004, fez uma participação especial na novela "Celebridade", de Gilberto Braga. No teatro, em 2006, dirigiu as atrizes Maitê Proença e Clarice Derziê na peça "Achadas e perdidas", baseada no livro "Os ossos e a escritura", da própria Maitê Proença.
Talma na direção da novela 'Água viva', em 1980. (Foto: CEDOC / TVGLOBO)
Entre outros programas de responsabilidade do núcleo dirigido por Roberto Talma nos últimos anos, estiveram as novelas "Negócio da China" (2008), "Vida alheia" (2010), "O astro" (2011), "Aquele beijo" (2011).
Em 2011, foi o diretor-geral da microssérie "Amor em 4 atos", com quatro episódios inspirados em canções de Chico Buarque. No mesmo ano, assinou, junto com Rafael Dragaud, o roteiro e a direção do especial "Ivete, Gil e Caetano".
Em 2012, Talma assumiu a direção de núcleo da novela "Gabriela". O remake, exibido às 23 horas e baseado no livro "Gabriela cravo e canela", homenageou o centenário de nascimento do escritor Jorge Amado. Em 2013, produziu o filme "Dores de amores", com direção de Raphael Vieira.
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