quarta-feira, 6 de março de 2013

VENEZUELA EM LUTO POR MORTE DE CHÁVEZ

A morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, desencadeou uma enxurrada de tributos emocionados que seus aliados esperam que ajudem a garantir a sobrevivência da autointitulada revolução socialista quando os eleitores elegerem um sucessor.

Chávez, de 58 anos, morreu na terça-feira (6) depois de uma batalha de quase dois anos contra o câncer detectado pela primeira vez na região pélvica. Ele sofreu várias complicações após sua última operação, em 11 de dezembro, e não foi visto em público desde então.

Dezenas de milhares de venezuelanos imediatamente tomaram as ruas para homenagear o líder socialista, e o luto e vai continuar durante o velório, nesta quarta-feira.

O futuro das políticas esquerdistas de Chávez, que ganhou a adoração dos venezuelanos pobres mas enfureceu adversários que o acusavam de ditador, agora recai sobre os ombros do vice-presidente Nicolás Maduro, o homem indicado por Chávez para sucedê-lo.

Maduro, de 50 anos, ex-motorista de ônibus e líder sindical, provavelmente enfrentará o governador de oposição Henrique Capriles na próxima eleição presidencial.

Autoridades disseram que a votação seria convocada dentro de 30 dias, mas não estava claro se isso significava que seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se a data será anunciada nesse período.

Uma recente pesquisa de opinião mostrou Maduro com ampla liderança sobre Capriles, em parte porque ele recebeu a bênção de Chávez como seu herdeiro. É provável ainda que ele se beneficie da onda de emoção após a morte do presidente.

Os funerais do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se realizarão na próxima sexta-feira (8) com a presença de "cerca de dez líderes", disse nesta quarta-feira (6) o chanceler, Elías Jaua.

Após receber no aeroporto internacional Simón Bolívar, que serve a Caracas, os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, Uruguai, José Mujica, e Bolívia, Evo Morales, os primeiros a chegar para o funeral, Jaua declarou a jornalistas que os outros chefes de Estado chegarão amanhã, embora não tenha especificado quem exatamente.

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