Vem até mim, com os teus olhos de mar-céu; da flor suspensa dos ramos: Ipomea falando do silêncio, como
floração do instante ou o cristal do sonho, e dar-te-ei o nome exacto das coisas no frescor ocidental da tardenoite.
floração do instante ou o cristal do sonho, e dar-te-ei o nome exacto das coisas no frescor ocidental da tardenoite.
Vem até mim, no recanto onde ninguém nos conhece pois trago as mãos abertas e esta voz ébria de fogo, como a lava
é um fio de esperança para as correntes ascendentes rumo à suavidade dos meus gestos.
Vem até mim, e caminharemos pelas veias da garganta sedenta buscando o ourives do passado, que ainda me fala do
calor do romper de alva, rodeado de recordações e de luzes indecisas, sonhando alcançar a distância. Vem até mim,
até que o pássaro nocturno nos venha dizer os primeiros versos dos teus lábios iguais ao mel de doce saliva pois no
nosso amor jamais haverá sombra ou cinza mas sim chave da tua claridade e herdaremos o futuro...
Vem até mim, minha mãe, minha seiva, meu tudo... Poesia, vem até mim...que te procuro
é um fio de esperança para as correntes ascendentes rumo à suavidade dos meus gestos.
Vem até mim, e caminharemos pelas veias da garganta sedenta buscando o ourives do passado, que ainda me fala do
calor do romper de alva, rodeado de recordações e de luzes indecisas, sonhando alcançar a distância. Vem até mim,
até que o pássaro nocturno nos venha dizer os primeiros versos dos teus lábios iguais ao mel de doce saliva pois no
nosso amor jamais haverá sombra ou cinza mas sim chave da tua claridade e herdaremos o futuro...
Vem até mim, minha mãe, minha seiva, meu tudo... Poesia, vem até mim...que te procuro
Manuel Neto dos Santos
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