O chef Paul Bocuse, apelidado de "papa" da gastronomia francesa,
morreu no dia 20 de janeiro aos 91 anos, em sua casa que abriga seu conhecido
restaurante em Collonges-au-Mont-d'Or, perto de Lyon (centro-leste).
Bocuse foi um dos primeiros exponentes da "nouvelle cuisine", que
reinterpretou a culinária francesa tradicional com menos manteiga e
creme e com foco em ingredientes frescos e apresentação elegante.
"Paul Bocuse morreu, a gastronomia está de luto, o Sr. Paul foi a
França, a simplicidade e a generosidade, a excelência e a arte de viver,
o papa da gastronomia nos deixou", postou Collomb, ex-prefeito da
cidade natal de Bocuse, em Lyon.
Bocuse, nascido em 11 de fevereiro de 1926 em Collonges-au-Mont-d'Or,
tinha três estrelas do Michelin, bíblia da gastronomia mundial, há mais
de 50 anos, e foi reconhecido como chef do século por guias como Gault
et Millau.
Ele estreou na cozinha aos 10 anos, em uma casa de refeição familiar, e
não abriu seu próprio restaurante até 1958, recuperando o
estabelecimento familiar L'Auberge du Pont e renomeando Paul Bocuse.
A virada em sua carreira veio nos anos 1970 com a "nova cuisine",
corrente gastronômica que se tornou o pilar da modernidade culinária,
graças em parte ao seu livro "A cozinha de mercado".
Criador em 1987 do Bocuse d'Or, um prestigiado concurso de gastronomia
bienal, a lenda dos fogões franceses também contribuiu para a formação
de seus sucessores com a fundação em 1990 do Instituto Bocuse, com sede
em Lyon.
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