Afora o Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Equatorial, que adotou o idioma como oficial recentemente. Timor-Leste
é o único a ter o Português como língua oficial na Ásia. Nossos irmãos
africanos fazem parte do PALOP, acrônimo que significa justamente Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Tudo obra de Portugal,
responsável por essa bagunça chamada lusofonia (o conjunto dos países
que possuem Português como língua oficial) que acabou dando seu jeito de
seguir caminho. Mas, diferente do Brasil, onde línguas nativas ficaram
restritas a suas tribos indígenas, nos países euro-colonizados da
África, ainda se falam línguas nativas (nagô, ioruba, quicongo, umbundo e
quimbundo). Só pra constar.
Rolou uma marmota por parte dos invasores que misturavam africanos de
diversos países e culturas (sim, porque África é um extenso continente
com 54 países culturalmente diversificados e não um país restrito de
miséria como a grande mídia te acostumou a ver) com intenções de que com
a confusão cultural, eles não pudessem se unir entre si para se
rebelar.
Até certo ponto, rolava, como ainda acontece, de haver desunião
entre as classes menos abastadas da sociedade, mas isso não significou a
morte por abandono dessas línguas. Ao contrário, a partir dali,
surgiria uma cultura praticamente nova com os elementos que sobreviveram
ao tráfico negreiro. Muita coisa de nossa cultura vem de África e dos
africanos que foram sequestrados para cá (dos quais descendemos em
maioria, já que no auge do crime da escravidão, a população negra era,
como se manteve, maioria).
A linguagem é um dos pontos altos das coisas cotidianas que trazemos
do continente-mãe. E como a cultura negra é a essência do Samba, ou
seja, é a raiz do Samba, então, não falar necessariamente do samba
musical não é fugir do foco, não é mesmo? Então, vamos a um dicionário
improvisado que fui reunindo em diversos sites educacionais e culturais
internet afora. Você vai notar que muitas dessas palavras, tu tá aí
falando adoidado todo dia e nem sabe que vêm de dialetos línguas
(valeu a dica, Niyi) africanas.
Muito interessante, pois somos
acostumados a não buscarmos o passado, como se o jornal da TV já
bastasse pra gente estar informado. Mas é pegar num livro, num artigo de
internet e a gente voa no conhecimento. Veja aí que nem só dentro do
samba e do candomblé estão palavras africanas da diáspora.
Use e abuse
do CTRL+F e saia buscando suas palavras mais usadas e/ou preferidas,
porque tem coisas muito interessantes nesse “dicionário” que eu montei
na base do ‘cataqui/catali’. Rá! (Lembrando que como foi uma pesquisa de
internet, algumas coisas podem não estar condizentes, mas eu atualizo
conforme me avisam, ok?).
A
ABADÁ – Túnica folgada e comprida. Atualmente, no
Brasil, é o nome dado a uma camisa ou camiseta usada pelos integrantes
de blocos e trios elétricos carnavalescos.
ABARÁ – Quitute semelhante ao acarajé. A massa feita
de feijão fradinho e os temperos são os mesmos. Os bolinhos envoltos em
folhas de bananeira são cozidos em banho-maria.
ACARÁ – Peixe de esqueleto ósseo.
ACARAJÉ – Bolinho feito de massa de feijão-fradinho frito no azeite de dendê e servido com camarões secos.
AFOXÉ – Dança, semelhante a um cortejo real, que desfila durante o carnaval e em cerimônias religiosas.
AGOGÔ – Instrumento musical formado por duas (ou três) campânulas ocas de ferro.
ALUÁ – Bebida feita de milho, arroz cozido ou com cascas de abacaxi.
AMUO – sm. Mau humor passageiro, revelado no aspecto, gestos ou silêncio; arrufo, calundu.
ANGOLA – Nome dado a uma das mais conhecidas
modalidades do jogo de capoeira e, também, a um dos cinco países
africanos de língua portuguesa.
ANGU – Massa de farinha de milho ou de mandioca. Angu-de-caroço: Coisa complicada.
AXÉ – Saudação; força vital e espiritual.
AZOEIRA – Barulhada, zoeira, bagunça.
TUDO SOBRE:
https://raizdosambaemfoco.wordpress.com/2015/07/17/palavras-de-origem-africana-no-vocabulario-brasileiro/
Fundado em 1998, o Instituto Cultural Arte Brasil é uma OSC cultural com ações e projetos na cultura, esportes, meio ambiente e cidadania. Tem reconhecimento do Sesc, Minc, Rock In Rio, CESE, Itaú Social, Cenpec, Unicef, Instituto RPCom e Febrafite. Atuante na defesa, pesquisa e difusão da cultura brasileira, realiza ações arte-educativas e de combate ao racismo com adolescentes e jovens em conformidade com a Lei nº 10.639/2003 osc.artebrasil@gmail.com https://www.instagram.com/batuque_nacaixa/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário