A Academia Sueca elegeu a bielo-russa Svetlana Alexievic vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2015.
Svetlana é a 14ª mulher a ganhar o
prêmio, que tem tido boa presença feminina nos últimos anos: a romena de
origem germânica Herta Müller ganhou em 2009 e a a canadense Alice
Munro, em 2013.
No Brasil, onde não há livros seus disponíveis, a
escritora é praticamente uma desconhecida.
Seu livro mais conhecido é Voices from Chernobyl (Vozes de
Chernobil, em tradução direta), escrito a partir de mais de 500
entrevistas com testemunhas da maior catástrofe nuclear da história,
ocorrida em 1986 na Ucrânia, seu país natal.
Svetlana Alexievic nasceu em 31 de maio de 1948 na cidade ucraniana
de Ivano-Frankivsk, filha de pai bielo-russo e mãe ucraniana. Quando o
pai completou o serviço militar, a família se mudou para Belarus, na
Bielorrússia, onde ambos, pai e mãe, trabalharam como professores. Ao
terminar os estudos, Svetlana também passou a lecionar, além de atuar
como jornalista, atividade que exerce até hoje. A autora fez jornalismo
na Universidade de Minks, de 1967 a 1972.
Diplomada, Svetlana passou a atuar em jornais da região. Em paralelo, juntava material para o seu primeiro livro, U vojny ne ženskoe lico (War's Unwomanly Face
em inglês ou algo como O Rosto Nada Feminino da Guerra, em português),
de 1985, mencionado pela secretária-permanente da Academia Sueca, Sara
Danius, no anúncio desta quinta-feira. Segundo Sara, a obra, baseada em
entrevistas com centenas de mulheres que participaram da Segunda Guerra
Mundial, deixa o leitor cara a cara com cada personagem que retrata.
Outro livro importante livro de Svetlana é Voices of Utopia
(Vozes da Utopia, em tradução direta), em que a vida na antiga União
Soviética é narrada do ponto de vista dos indivíduos que a compunham.
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