quinta-feira, 17 de setembro de 2015

MARINA LIMA: 60 ANOS

Marina Lima nasceu em 17 de setembro de 1955, no Rio de Janeiro.

Dos sete aos doze anos morou nos Estados Unidos, onde aprendeu a tocar violão. É irmã do poeta, filósofo e compositor Antonio Cícero, o seu mais constante parceiro musical.

Teve seu primeiro registro como compositora em 1977, quando Gal Costa gravou sua canção "Meu doce amor", no disco "Caras e bocas". Nesse mesmo ano, Maria Bethânia tentou gravar "Alma caiada" mas a música foi proibida pela censura por causa do verso 'Eu não me enquadro na lei".

Contratada pela WEA, lançou, em 1979, o primeiro disco, "Simples como o fogo", contendo parcerias com o irmão, o poeta e filósofo Antônio Cícero, além de "Solidão" (Dolores Duran) e "Não há cabeça" (Angela Ro Ro).

Em 1980, gravou o LP “Olhos felizes”, que trouxe o primeiro sucesso em Rádio: “Nosso estranho amor", composta e gravada em parceria com Caetano Veloso.

No ano seguinte, lançou o LP “Certos acordes”, a partir do qual começou a se firmar como compositora, com a maior parte do repertório evidenciando a parceria com seu irmão Antônio Cícero. O disco trouxe ainda parcerias com compositores de sua geração, como Leo Jaime e Fred Nascimento.

Gravou, em 1982, o LP “Desta vida desta arte”.

Transitando pelo universo pop, com incursões pela música eletrônica, recebeu a atenção da mídia e do grande público, em 1984, com o LP “Fullgás”, que trouxe três sucessos: A faixa-título (c/ Antônio Cícero) e suas leituras para "Me chama" (de Lobão) e “Mesmo que seja eu” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos).

No ano seguinte, lançou o LP "Todas", registrando "Eu te amo você" (Kiko Zambianchi), bem executada nas emissoras de Rádio.

Lançou, em 1986, o LP "Todas ao vivo”, contendo gravações de seus sucessos em shows e também uma versão de "Ainda é cedo", do grupo Legião Urbana. O disco gerou o vídeo "Sexo é bom! Todas ao vivo", com a participação de Antônio Cícero e Wally Salomão.

Em 1987, gravou o LP “Virgem”, pelo qual recebeu o Prêmio Sharp de Música, nas categorias Melhor Cantora Pop-rock, Melhor Disco e Melhor Intérprete, com "Preciso dizer que te amo". A faixa-título se tornaria uma de suas canções mais conhecidas.

No ano seguinte, foi lançado o vídeo "Making of...", uma coletânea de trechos de bate-papos, vídeo-clipes, depoimentos da cantora, cenas de bastidores, ensaios e imagens dos espetáculos apresentados no Projeto SP (SP) e no Canecão (RJ), na temporada de "Todas ao vivo".

Em 1989, lançou o LP “Próxima parada”, pelo qual recebeu o Prêmio Sharp de Música, nas categorias Melhor Disco e Melhor Cantora Pop-Rock. O disco trouxe o hit "À francesa" (Cláudio Zoli e Antônio Cícero).

No ano seguinte, entrou no ar a MTV, que teve sua interpretação de "Garota de Ipanema" como o primeiro vídeo-clipe transmitido em rede nacional pela emissora.

Assumindo seu sobrenome, lançou, em 1991, o CD “Marina Lima”, produzido por Liminha e Fábio Fonseca. O disco trouxe a canção "Não sei dançar", de Alvin L., que se tornaria parceiro de várias outras canções.

Em 1993, gravou o CD “O chamado”, num período em que vivenciou várias perdas, uma das quais representada na única parceria com o irmão, a faixa "Eu vi o Rei", composta em homenagem ao pai. O disco ganhou versão internacional intitulada "A tug on the line", sendo lançado nos Estados Unidos com versões em inglês para as faixas "O chamado", "Carente profissional" e "Meus irmãos".

No ano seguinte, foi lançada a coletânea “Marina total”.

Em 1995, gravou o CD “Abrigo”, expondo-se como intérprete de canções consagradas, como “Samba do avião” (Tom Jobim) e apostando em compositores desconhecidos.

Lançou, no ano seguinte, o CD “Registros à meia-voz”, retomando sua faceta de compositora e renovando a parceria com Antônio Cícero.

Em 1998, gravou o CD “Pierrot do Brasil”, no qual apresentou um diálogo bem forte com a linguagem eletrônica. O disco foi co-produzido pelo músico iugoslavo Suba, que revestiu o trabalho com programações de bateria eletrônica e sons sintetizados. Essa parceria rendeu também uma trilha para um desfile de moda na São Paulo Fashion Week.

Após ficar seis anos afastada dos palcos, em 2000 apresentou o espetáculo "Sissi na sua", que estreou em julho desse ano na cidade mineira de Juiz de Fora. A turnê passou por outras capitais e apresentou no repertório basicamente canções dos discos "Registros à meia voz" e "Pierrot do Brasil", além de alguns antigos hits e três músicas inéditas, sendo duas parcerias com a escritora Fernanda Young ("Síssi" e "Estou assim"). O espetáculo gerou o CD "Síssi na sua - ao vivo".

Em 2001, lançou o CD mais autoral de sua carreira, "Setembro", contendo as canções "Alguma prova" e "Paris - Dakar", ambas com Alvin L., "Dois durões (Lagoa)", "Notícias" (c/ Claudio Rabello e Dalto), "Fala (não cala)" (c/ Alvin L. e Edu Martins) e "Terra à vista" (c/ Giovanni Bizzotto), além de "No escuro", "Me diga (Francisca)" e a faixa-título, todas com Antônio Cícero. Uma novidade foi apresentada neste trabalho: a cantora apareceu tocando teclado, não apenas nas gravações mas também em alguns momentos da turnê intitulada "Mais Perto de você".

Em 2003, sua canção “Sugar” foi incluída na trilha sonora da novela “Agora é que são elas” (TV Globo). A música foi bastante executada nas emissoras de Rádio. Nesse mesmo ano, lançou o CD e o DVD “Acústico MTV – Marina Lima”.

Em 2004, substituiu Rita Lee no programa "Saia Justa", exibido pelo canal a cabo GNT.

No ano seguinte, a gravadora Universal relançou em CDs remasterizados os oito discos gravados pela cantora nos anos 80: "Olhos felizes" (1980), "Certos acordes" (1981), "Desta vida desta arte" (1982), "Fullgás" (1983), "Todas" (1985),"Todas ao vivo" (1986), "Virgem" (1987) e "Próxima parada" (1989). Também em 2005, estreou o show “Primórdios", dirigido por Monique Gardenberg.

Lançou, em 2006, o CD "Lá nos primórdios", contendo suas canções "Três", "Anna Bella", "Difícil" e "$ Cara", todas com Antonio Cícero), "Valeu", "Entre as coisas", "Meus irmãos" e "Que ainda virão", além de "Dura na Queda" (Chico Buarque) e "Vestidinho vermelho", versão de Alvin L. para "Beautiful Red Dress" de Lauri Anderson.

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